Durante reunião realizada na manhã desta terça-feira, 4, no Porto Público, os representantes da Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária (Fenavega), Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph), Ibama e Hermasa Navegações assistiram a apresentação do Plano Conceitual de Dragagem da hidrovia do rio Madeira, elaborada pelo Dnit.
O plano consistiu em identificar 25 pontos críticos, sendo 14 deles com o maior volume de dragagem previsto. Antônio Acioli, técnico do Dnit, relatou que esses pontos passarão por nova investigação batimétrica. “Esta investigação adicional consiste na execução das linhas de uma a outra margem, bem como as linhas longitudinais, a fim de verificar se existe um traçado mais favorável para o canal navegável com intuito de diminuir os volumes de dragagem”, explicou Acioli.
Para o presidente da Fenavega, Raimundo Holanda, a viabilização da dragagem do rio Madeira deve ficar além do discurso e tornar a via navegável continuamente. “De alguns anos para cá, a implantação de hidrovias tornou-se uma questão de Estado, antigamente, só ouvíamos falar em rodovias para interligar o país. Além da navegabilidade do rio Madeira precisamos pensar em outros pontos como a transposição dos troncos que causam enormes prejuízos aos operadores, controle de fluxo do rio imposto pelos consórcios geradores de energia e outros pontos que serão debatidos no dia 18 de agosto, durante uma reunião de trabalho em Porto Velho proposta pela própria Fenavega”, ressaltou Raimundo.
O diretor presidente da Soph, Leudo Buriti, acredita que a apresentação do Plano Conceitual representa a concretização de uma briga antiga. “Rondônia é um Estado promissor, que compõe como personagem principal a rota comercial do Arco Norte e necessita da viabilização desta hidrovia, navegável os 365 dias/ano. Os números indicam isso. São transportados mais de 6 milhões de toneladas de grãos e outros 6 milhões de toneladas divididos em cargas gerais, derivados de petróleo e gás pelo rio Madeira. Está mais do que comprovado a necessidade desta via para atender também o mercado interno”, frisou Leudo.