O assessor do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação, Miguel de Souza, visitou na manhã desta quinta-feira, 21, o Porto Público de Porto Velho para verificar junto à Sociedade dos Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH) a situação do nível do rio Madeira, o calado para navegação e possíveis prejuízos que poderia causar.
Recepcionado pelo diretor presidente da empresa pública, Leudo Buriti, foi informado sobre o planejamento anual das empresas que utilizam a via para escoar seus produtos. “Temos monitorado o nível do rio e nesta manhã marcou 4,09 metros, uma medida que ainda permite o calado de quatro metros e possibilita a navegação na região, assim como nos anos anteriores. A diferença é neste período, as empresas que escoam por aqui o granel sólido e as cargas gerais, já fizeram o planejamento e reduzem a quantidade da carga embarcada, a fim de priorizar a segurança da navegação, por isso a necessidade da dragagem contínua no leito do rio”, reforçou Leudo.
Para Miguel, a dragagem é uma prioridade uma vez que o certame licitatório foi realizado recentemente. “Atender ao pleito do Governo do Estado e da SOPH com o fornecimento da dragagem é garantir um calado mínimo, permanente, que possibilite a navegação diuturnamente durante os 365 dias do ano. Sobre a licitação realizada em Julho, temos a informação que a primeira empresa foi desclassificada e a segunda está em fase de apresentação de recursos e documentos. Mesmo que o contrato e a ordem de serviço sejam liberados em 2016, o rio já estará retomando a sua normalidade, tornando inviável a realização do serviço. A dragagem efetiva só será possível a partir de maio de 2017 com um contrato de 5 anos e pode ser prorrogado pelo mesmo período”, explicou o assessor.
Ele informou ainda que para evitar prejuízos à região, o Ministério irá providenciar algumas dragas que façam o serviço de forma emergencial, desobstruindo eventuais trechos que poderiam dificultar a passagem das embarcações. “O menor nível registrado no rio Madeira foi em 2005, que marcou 1,63 metros. E mesmo que o rio esteja dentro da normalidade de oscilação, estamos nos antecipando, a fim de evitar quaisquer surpresas ou a necessidade de paralisar as operações”, finalizou Miguel.