Criatividade e inovação são exigências do mercado moderno, em que mais do que soluções eficazes, o consumidor deseja encontrar produtos e serviços inovadores que combinem com sua personalidade. Neste cenário, a economia criativa tem se consolidado como uma força produtiva cada vez mais presente no mundo corporativo.
Promovendo o pensamento crítico e o desenvolvimento de ideias úteis e originais, essa modalidade econômica é uma tendência em ascensão para os próximos anos. A Unesco destaca que as indústrias criativas são responsáveis por gerar anualmente US$ 2,25 bilhões e 29,5 milhões de empregos em todo o mundo, reforçando a importância de estratégias bem planejadas para esse setor.
No primeiro trimestre de 2022, o nível de emprego na economia criativa cresceu 12% em comparação com 2021, enquanto na economia geral o aumento foi de 2%. O segmento integra tecnologia, publicidade, cultura, gastronomia, arquitetura, música, aplicativos, jornalismo, rádio, televisão, cinema e artesanato, design, entre outras atividades.
Receita gerada a partir de experiências
A economia criativa é um setor em crescimento que se diferencia dos tradicionais como indústria, comércio e agricultura, por gerar renda a partir de produtos e serviços de valor artístico, cultural e tecnológico.
Como este é um setor responsável por gerar receita a partir de experiências, lazer e facilidades, oferece oportunidades para profissionais de mente aberta e conectados às tendências.
Conforme ressalta o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a economia criativa é responsável por quase 3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O dado mostra que o setor de cultura e tecnologia gera uma receita considerável para o país.
De acordo com o Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural (2022), a economia criativa registrou um notável crescimento no nível de emprego no terceiro trimestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano anterior, com um aumento de 9% e a criação de cerca de 616 mil novos postos de trabalho.
Dessas vagas, 413.652 mil foram ocupadas por trabalhadores de apoio, o que equivale a aproximadamente 67% do total.
A importância de profissionais com multiformação
O setor de economia criativa tem atraído cada vez mais profissionais polivalentes. Com habilidades em diversas áreas, esses trabalhadores destacam-se pela capacidade de se adaptar a diferentes projetos e demandas, o que é uma característica valorizada nesse mercado em constante mudança.
Como a economia criativa é um segmento em evolução, que envolve áreas diversas como design, música, moda e games, é importante lembrar que as habilidades e competências exigidas podem variar de acordo com a área de atuação.
De modo geral, contudo, a fim de atuar nos setores da economia criativa, os profissionais precisam demonstrar um conjunto de habilidades e competências específicas. Entre as principais estão a criatividade, o conhecimento técnico, a capacidade de comunicação, a aptidão para trabalhar em equipe e a flexibilidade.
Manter-se atento às questões relacionadas à inovação, gestão, empreendedorismo, finanças e se adaptar às mudanças tecnológicas também são atitudes necessárias. Além disso, o mercado tem exigido cada vez mais profissionais capazes de desempenhar múltiplas funções e de trabalhar em diferentes áreas da economia criativa.
A formação em cursos de graduação e pós-graduação tem sido valorizada pelo mercado, já que proporciona a aquisição de habilidades e competências específicas, além de um conhecimento mais aprofundado sobre o setor.
Assim, para os profissionais que desejam atuar nesse setor, é fundamental investir em capacitação e formação constante, além de estar aberto a novas oportunidades e desafios. Com um mercado em constante evolução, a polivalência e a criatividade são características que podem fazer a diferença na hora de se destacar em meio à concorrência.