Ter a companhia do seu melhor amigo enquanto treina pode ser um incentivo e tanto, mas será que ele consegue acompanhar seu ritmo?
Praticar atividade física é ótimo para manter a saúde física e mental em dia. Um dos esportes mais populares e baratos, a corrida tem ganhado cada vez mais adeptos em todo o país e, praticamente todo fim de semana, há uma prova acontecendo em algum canto do Brasil.
Para quem quer começar, criar o famoso hábito pode ser difícil, e aí entra um apoio importante: a companhia. Muita gente tem optado por levar consigo no treino o melhor amigo, ou seja, o pet. E, com isso, também mantém o cão em forma.
A presença do pet no treino não é proibida, mas deve-se levar em conta que o bichinho também precisa de um tempo — e periodização — para conseguir acompanhar o ritmo do tutor. Além disso, a corrida deve ser mais por recreação do que por desempenho em si, e, se o pet não está adaptado ao exercício, deve-se iniciá-lo aos poucos.
Todos podem?
Nem todas as raças são indicadas para a prática de exercícios aeróbios, como a corrida. Os cães braquicefálicos, por exemplo, como pug e os buldogues inglês e francês, demandam atenção redobrada por conta do calor e do fôlego.
É essencial, antes de levá-los para um treino, conversar com o médico-veterinário de confiança para uma avaliação geral da saúde do bichinho de estimação e orientação sobre a prática da atividade física.
Os atletas
Há raças que são mais adequadas para esse tipo específico de atividade física e, às vezes, até precisam se exercitar mais do que outras raças para evitar a obesidade. Entre os top atletas de quatro patas, temos:
labrador;
kuvasz;
galgo;
pastor-australiano,
dálmata.
Outras raças que também se divertem com a corrida de recreação são o boxer — após autorização e orientação do médico-veterinário, por também ser braquicefálico —, poodle, husky siberiano — com atenção redobrada à hidratação —, pastor-alemão e jack russel terrier.
Isso não significa que outras raças não possam correr com o dono. Apenas mostra que as acima citadas são mais indicadas para essa prática. Quem tem um cachorrinho sem raça definida (SRD), por exemplo, também pode fazer o teste e ver como o bichinho se comporta durante o treino. Vai que há um atleta em casa que ainda não foi descoberto?
Recomendações importantes
Também é preciso ter bom-senso na hora de correr com um pet. Está muito calor ou seco lá fora? Então, deixe o animal de estimação em casa. Lembre-se de que o humano usa sapatos para proteger os pés, mas o pet não tem esse acessório, e pode ter queimaduras severas nas almofadinhas das patas por conta do contato com o solo quente.
Assim como acontece com os humanos, a hidratação também é essencial para a manutenção da saúde e bem-estar do cachorro. Levar uma garrafinha de água e um pote para oferecer ao pet é recomendado; correr em locais que disponham de bebedouros para animais, como alguns parques públicos, é outra opção.
Os cães têm a necessidade natural de marcar território e, muitas vezes, vão fazer pausas durante o treino para se aliviar. É preciso paciência e compreensão com esse momento, e lembrar de que o animal de estimação não tem a mesma disponibilidade de usar o banheiro que o tutor — e também pode não ter a mesma vontade de praticar a atividade física.
Depois do treino, além de deixar o bichinho tomar bastante água, é interessante oferecer a ele um petisco ou ração, para que possa recuperar a energia. Também é legal deixá-lo descansar e lembrar que o pet pode sentir dor tardia — que é aquela sensação de cansaço após um dia de exercícios intensos.