Sexta, 22 Novembro 2024

1. Conceito

A energia limpa designa toda a fonte de energia que apresenta um impacto menor sobre o ambiente do que as convencionais, como aquelas gerados pelos combustíveis fósseis. Isso ocorre pois essa energia mais sustentável e menos nosciva ao ambiente e aos humanos não lança poluentes na atmosfera e, assim, não interferem na poluição em nível global. Atualmente, cerca de 20% da energia gerada e consumida no mundo são provenientes de fontes limpas, dessa forma, são fontes não-convencionais.

Sendo renovável, ela pode não liberar resíduos ou gases poluentes geradores de diversos problemas ambientais durante seu processo de produção ou consumo, como também podem liberar quantidades baixíssimas desses produtos. Mesmo assim, elas não geram gases do efeito estufa (ou geram muito pouco), não favorecendo o aquecimento global do planeta. Ainda assim são consideradas fontes limpas de energia.

É importante enfatizar que, mesmo que ela seja chamada de “limpa”, ela causa sim algum impacto ambiental, mesmo que sejam mínimos e tão somente no local de instalação da indústria ou da organização em que ela é fabricada. Ainda não foi inventado qualquer tipo de energia que não cause nenhum impacto ambiental, seja na sua instalação ou na sua produção.

 

2. Tipos de Energia Limpa

Os tipos de energia limpa já conhecidos e utilizados são:

 

  1. Energia Eólica: energia gerada pelas forças dos ventos;
  2. Energia Solar: energia gerada a partir dos raios solares;
  3. Energia Maremotiz: produzida pela força contida nas marés de oceanos e mares;
  4. Energia Geotérmica: energia obtida a partir do calor proveniente do interior da Terra;
  5. Energia Hidráulica: energia obtida a partir das correntezas e quedas d’água;
  6. Energia Nuclear: energia liberada em processos de transformação de núcleos atômicos (reação nuclear);
  7. Biogás/Biocombustível: produzidos a partir da mistura gasosa de dióxido de carbono com gás metano;
  8. Biocombustíveis, tais como o Etanol (produzido a partir da cana-de-açúcar e milho) e o Biogás (produzido a partir da biomassa), Bioetanol, Bioéter, Biodiesel, entre outros.

 

3. A energia limpa e a sua importância

Em um mundo em que há uma grande taxa de poluição pela alta emissão de gases e resíduos poluentes, a busca por uma produção mais sustentável e ecológica é inevitável e tem preocupado cada vez mais as indústrias e os consumidores.

O Protocolo de Kyoto foi o início deste caminho, mas apresenta uma grande necessidade de alterações e implementações para tornar-se um mecanismo mais efetivo. A produção e o consumo de energia de fontes limpas são de extrema importância para a proteção do meio ambiente e da manutenção da qualidade de vida das pessoas.

 

4. A energia limpa e o Brasil

Pela grande riqueza geográfica do Brasil, um país de dimensões continentais, ele tem disponível um dos maiores potenciais de energia renovável do mundo. Um exemplo disso é que 78% da energia do Brasil é da forma hídrica, uma fonte renovável e limpa, sendo um exemplo para o mundo em termos de matriz elétrica. Isso é possível graças às facilidades geológicas e tipos de rio que facilitam e propiciam a instalação desse tipo de energia em solo nacional.

Em 2003 o Brasil lançou um Programa de Incentivo às Fontes Alternativas, conhecido pela abreviação PROINFA, tendo como objetivo incentivar a instalação de unidades de geração hídrica, eólica e de biomassa. Esse programa conta com os benefícios da garantia de compra de energia elétrica de forma competitiva pela ELETROBRÁS e da facilidade de obtenção de linhas de crédito através do BNDES para a instalação das usinas. Mesmo sendo vantagens atraentes, o PROINFA ainda não foi iniciado devido aos diversos problemas gerados para uma possível efetivação.

Dentro dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil é o único país que tem a capacidade de utilizar uma matriz energética limpa e renovável durante todas as etapas de crescimento. O Brasil precisa transformar essa vantagem comparativa em vantagem competitiva, e para isso é necessário o apoio em regulamentações internacionais, subsidiando um crescimento com menos impactos ao seu entorno.

 

 

Saiba mais:

Dia-a-Dia Portogente: “Uma Nova Era de Energia Limpa”;

Opinião Portogente, José Maria Mendonça em: “Belo Monte: Fonte de Energia Limpa”.

 

 

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