Sábado, 23 Novembro 2024

Brasília - O governo ampliará "passo a passo" o programa de concessão de aeroportos à iniciativa privada. Antes refratárias a estender às privatizações para além de Guarulhos, Viracopos (SP), Brasília, Galeão (RJ) e Confins (MG), autoridades do governo estão agora animadas com a demanda por informações no processo das novas licitações ainda sob avaliação no Tribunal de Contas da União (TCU).

"Será ‘step by step’ daqui para a frente. Mas há investidores com apetite para esse processo", informou ao jornal O Estado de S. Paulo uma graduada fonte do governo. Na área econômica, o consenso é de que "há mercado" consolidado entre operadores de grandes aeroportos internacionais, empresas de infraestrutura e fundos de pensão nacionais para investir em terminais aéreos.

A estratégia do governo é fazer a estatal Infraero, que monopolizou o setor até o ano passado, ter em sua carteira apenas aeroportos pequenos e médios. Sem Galeão e Confins, a Infraero terá suas receitas reduzidas pela metade, e ficará dependente dos repasses das concessionárias - que devem somar R$ 3,1 bilhões a partir de 2015. Além disso, o governo tem no horizonte a abertura de capital da estatal, prevista para 2016. Para melhorar esse desempenho, o governo também ampliará autorizações para aeroportos executivos privados. Dois foram anunciados e outros dois estão na fila, no Rio e em São Paulo.

Agora, depois de meses de negociação e debates internos entre Casa Civil, Secretaria de Aviação Civil, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e TCU, os auditores federais trabalham nos termos do edital de licitação de Galeão e Confins. O tribunal está na fase de análise da viabilidade das concessões e avalia os estudos de impacto ambiental antes da formatação do leilão, aguardado com ansiedade no Palácio do Planalto.

(Fonte)

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