Quinta, 19 Setembro 2024

RFID é um acrônimo do nome (Radio-Frequency IDentification) em inglês que, em português, significa Identificação por Rádio Frequência. Trata-se de um método de identificação automática através de sinais de rádio, recuperando e armazenando dados remotamente através de dispositivos chamados de tags RFID. Uma tag RFID é um pequeno objeto, que pode ser colocado em uma pessoa, animal ou produto. Ele contém chips de silício e antenas que lhe permitem responder aos sinais de rádio enviados por uma base transmissora.

 

Veja Também

 

Histórico do RFID

 

A tecnologia de RFID tem suas raízes nos sistemas de radares utilizados na Segunda Guerra Mundial. Os alemães, japoneses, americanos e ingleses utilizavam radares – que foram descobertos em 1937 por Sir Robert Alexander Watson-Watt, um físico escocês – para avisá-los com antecedência de aviões enquanto eles ainda estavam bem distantes. O problema era identificar dentre esses aviões qual era inimigo e qual era aliado. Os alemães então descobriram que se os seus pilotos girassem seus aviões quando estivessem retornando à base iriam modificar o sinal de rádio que seria refletido de volta ao radar. Esse método simples alertava os técnicos responsáveis pelo radar que se tratava de aviões alemães (esse foi, essencialmente, considerado o primeiro sistema passivo de RFID).
Sob o comando de Watson-Watt, que liderou um projeto secreto, os ingleses desenvolveram o primeiro identificador activo de amigo ou inimigo (IFF – Identify Friend or Foe). Foi colocado um transmissor em cada avião britânico. Quando esses transmissores recebiam sinais das estações de radar no solo, começavam a transmitir um sinal de resposta, que identificava o aeroplano como Friendly (amigo). Os RFID funcionam no mesmo princípio básico. Um sinal é enviado a um transponder, o qual é activado e reflecte de volta o sinal (sistema passivo) ou transmite seu próprio sinal (sistemas activos).
Avanços na área de radares e de comunicação RF (Radio Frequency) continuaram através das décadas de 50 e 60. Cientistas e acadêmicos dos Estados Unidos, Europa e Japão realizaram pesquisas e apresentaram estudos explicando como a energia RF poderia ser utilizada para identificar objetos remotamente...
Companhias começaram a comercializar sistemas anti-furto que utilizavam ondas de rádio para determinar se um item havia sido roubado ou pago normalmente. Era o advento das tags (etiquetas) denominadas de "etiquetas de vigilância eletrônica" as quais ainda são utilizadas até hoje. Cada etiqueta utiliza um bit. Se a pessoa paga pela mercadoria, o bit é posto em off ou 0. E os sensores não dispararão o alarme. Caso o contrário, o bit continua em on ou 1, e caso a mercadoria saia através dos sensores, um alarme será disparado.
Mario W. Cardullo requereu a patente para uma etiqueta activa de RFID com uma memória regravável em 23 de janeiro de 1973. Nesse mesmo ano, Charles Walton, um empreendedor da Califórnia, recebeu a patente por um transponder passivo usado para destravar uma porta sem a utilização de uma chave. Um cartão com um transponder embutido comunicava com um leitor/receptor localizado perto da porta. Quando o receptor detectava um número de identificação válido armazenado na etiqueta RFID, a porta era destravada através de um mecanismo.
O governo dos Estados Unidos também tem voltado atenção para os sistemas RFID. Na década de 1970, o laboratório nacional de Los Alamos teve um pedido do departamento de energia para desenvolver um sistema para rastrear materiais nucleares. Um grupo de cientistas idealizou um projecto onde seria colocado um transponder em cada caminhão transportador, o qual corresponderia com uma identificação e potencialmente outro tipo de informação, como, por exemplo, a identificação do motorista.
No começo da década de 90, engenheiros da IBM desenvolveram e patentearam um sistema de RFID baseado na tecnologia UHF (Ultra High Frequency). O UHF oferece um alcance de leitura muito maior (aproximadamente 6 metros sobre condições boas) e transferência de dados mais velozes. Apesar de realizar testes com a rede de supermercados Wal-Mart, não chegou a comercializar essa tecnologia. Em meados de 1990, a IBM vendeu a patente para a Intermec, um provedor de sistemas de código de barras. Após isso, o sistema de RFID da Intermec tem sido instalado em inúmeras aplicações diferentes, desde armazéns até o cultivo. Mas a tecnologia era muito custosa comparada ao pequeno volume de vendas, e a falta de interesse internacional.
O RFID utilizando UHF teve uma melhora na sua visibilidade em 1999, quando o Uniform Code Concil, o EAN internacional, a Procter & Gamble e a Gillette se uniram e estabeleceram o Auto-ID Center, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Dois professores, David Brock e Sanjay Sarma, têm realizado pesquisas para viabilizar a utilização de etiquetas de RFID de baixo custo em todos os produtos feitos, e rastreá-los. A idéia consiste em colocar apenas um número serial em cada etiqueta para manter o preço baixo (utilizando-se apenas de um microship simples que armazenaria apenas pouca informação). A informação associada ao serial número de cada etiqueta pode ser armazenada em qualquer banco de dados externo, acessível inclusive pela Internet.

 

Conceitos Gerais

 

RFID é a sigla para Radio Frequency Identification, ou Identificação por Radiofreqüência. Trata-se de uma tecnologia em ascensão que foi desenvolvida pelo Massachussetts Institute of Technology (MIT), nos EUA, e que utiliza ondas eletromagnéticas para acessar dados armazenados em um microchip.
A solução é descendente da tecnologia dos transponders que foram utilizados pelos ingleses na 2ª Guerra Mundial. O transponder ainda é usado e funciona recebendo e transmitindo sinais quando uma “pergunta”, em forma de pulso eletrônico, é feita. Quando foi utilizado na 2ª Guerra, ele identificava os aviões da Royal Air Force (RAF – Força Aérea Real). Assim, quando uma aeronave surgia no radar e não “respondia” com seu transponder, ela era identificada como inimiga e abatida.
O RFID pode ser visto como um transponder muito mais barato e simples e que por isso pode ser usado para identificar praticamente qualquer coisa. Como um CPF ou RG, a parte de identificação do RFID é composta por um conjunto de números. Cada chip tem um código eletrônico de produto que é único (também conhecido como EPC – Electronic Product Code) e que pode ser consultado por meio de antenas de radiofreqüência. Ou seja, quando a etiqueta é colada em uma lata de refrigerante, uma televisão, um cachorro ou uma pessoa, a etiqueta, ou tag, transmite a informação para antenas com freqüência compatível e essas antenas ativam o chip, eletronicamente, identificando o produto.

 

RFID e a Privacidade

 

à medida que cresce o uso da tecnologia RFID, aumentam também as discussões éticas que envolvem o tema. As etiquetas em si não têm capacidade para armazenar dados pessoais dos consumidores; elas apenas guardam um número que possibilita a identificação de um produto adquirido por essas pessoas. A polêmica, porém, tem início quando as lojas começam a associar o comprador ao produto sem o seu consentimento - o que pode ser feito também, mas não somente, com a tecnologia RFID. Abre-se um canal para que cartões bancários sejam enviados sem solicitação, e que promoções indesejadas sejam oferecidas sem prévio consentimento do usuário.
Regiane Relva afirma que esse tipo de ação, no entanto, já acontece atualmente, mesmo com o uso limitado da tecnologia RFID. “Pouca gente sabe que quando se inscreve em um programa de fidelidade de um supermercado, por exemplo, cria-se uma imensa lista com tudo o que é comprado. Depois, essa informação é usada para mandar propaganda direcionada”, destaca. “Em cada venda somos levados a fornecer nossos dados, e os argumentos são vários: descontos irresistíveis, milhagem, regalias. Até a legislação federal pede para que todas as vendas sejam associadas a um CPF”, analisa a professora.

 

RFID e a Padronização

 

Ainda não há definição legal quanto à padronização da tecnologia – o que facilitaria o estabelecimento de um regulamento ético a ser seguido. A EPCglobal é uma das entidades mundiais sem fins lucrativos que defende a padronização da identificação por radiofreqüência. A GS1 também trabalha para o estabelecimento de padrões de uso para a tecnologia. “A proposta para um padrão único já existe e está sendo discutida mundialmente”, conta Roberto Matsubayashi, gerente de soluções da GS1 Brasil.
O executivo explica que as especificações surgem à medida que a tecnologia é implantada. “As empresas explicam o que precisam, como maiores distâncias de leitura das etiquetas, novas chaves para criptografia, ou maior taxa de transferências de dados, e a gente tenta elaborar um padrão que dê conta de todas essas necessidades”, diz.
Matsubayashi faz questão de lembrar que a privacidade do consumidor também é levada em conta quando se discute o assunto e que um Comitê de Políticas Públicas foi criado para tratar de questões que envolvem o assunto. “Os produtos que usam a tecnologia deverão contar com algum tipo de selo que informe o cliente que sobre o uso de etiquetas RFID, por exemplo”, conta. Inutilizar a etiqueta assim que ela sai da loja é outra medida que, segundo o executivo, é válida para proteger o comprador. Quanto à segurança no uso da tecnologia, Regiane Relva lembra que a tecnologia está exposta. “Como é baseada em redes sem fio o RFID está sujeito às invasões de hackers e vírus”, alerta Relva.

 

(Fonte: Artigo: "O RFID vai etiquetar o mundo", de João Loes)

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