Sábado, 23 Novembro 2024

Marinha Mercante diz respeito a totalidade de navios particulares a serviço do comércio internacional ou de um só país. Pode ser difinido ainda como o conjunto de navios, portos, estabelecimentos e tripulações que permitem o transporte marítimo de mercadorias e passageiros. Globalmente, o conceito distingue-se do de marinha de guerra, conjunto de recursos navais, materiais e humanos que têm por fim a defesa de um país e a manutenção da segurança do comércio marítimo.

 

(Fonte: Site http://www.cepa.if.usp.br/energia/energia1999/Grupo4A/marinhamercante.htm)

 

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Evolução Histórica

 

Embora o comércio de mercadorias por via marítima tenha sido praticado por quase todas as civilizações da antiguidade, a marinha mercante como entidade autônoma começou a ser criada na Idade Média, com a constituição das irmandades de frotas, como a da Liga Hanseática, formada no século XIII por várias cidades bálticas, como Lübeck, Hamburgo e Rostock.
O domínio árabe medieval do meio marítimo deu lugar ao auge do comércio nas chamadas repúblicas marítimas italianas: Veneza, Gênova, Pisa e Amalfi. O florescimento dessas cidades-estados decorreu da manutenção de uma espécie de monopólio sobre o comércio das mercadorias orientais -- corantes, tecidos de damasco, especiarias, plantas medicinais etc. --, que constituíram uma das mais apreciadas fontes de riqueza da época.
No século XVI, o descobrimento do litoral africano, da América e do Brasil, e a criação de muitas outras rotas comerciais, deslocaram o predomínio marítimo para as frotas britânica, portuguesa, holandesa e espanhola. Aos poucos, as pequenas caravelas cederam seu posto a grandes navios de três a quatro mastros, que permitiram notável aumento do volume de mercadorias transportado.
Em tal contexto nasceram, mais tarde, as primeiras grandes entidades comerciais marítimas, tais como as companhias britânica e holandesa das Índias Orientais. Fundadas respectivamente em 1600 e 1602, chegariam a alcançar uma importância decisiva nos planos político, militar e financeiro. O progresso da construção naval impôs inovações ao velame e à mastreação, até que, no século XIX, a introdução do metal na indústria naval e a invenção da máquina a vapor revolucionou o transporte marítimo de viajantes e mercadorias.
Desde que o Clermont, de Robert Fulton realizou, em 1808, a primeira travessia a vapor, sucederam-se avanços decisivos, como a propulsão mediante pás laterais, o uso da hélice em lugar destas e a substituição do ferro pelo aço como material de construção dos cascos. Já no século XX a diversificação de modelos e aplicações generalizou-se e gerou a distinção de múltiplos tipos de barco.
Diferençaram-se, assim, barcas, cargueiros, petroleiros, navios frigoríficos, quebra-gelos e transatlânticos. Entre estes últimos, alguns chegaram a ser legendários por suas dimensões e outros motivos. Tal foi o caso do Great Eastern, grande vapor britânico com rodas e hélices lançado ao mar em 1858; o France, que alcançava 3.200 toneladas; o Lusitânia, que, já na década de 1900, praticamente triplicava a tonelagem do anterior e foi torpedeado e afundado em 7 de maio de 1915, na primeira guerra mundial; e o Titanic, grande vapor de sessenta mil toneladas que afundou na noite de 14 para 15 de abril de 1912, ao se chocar com um iceberg, em catástrofe que comoveu o mundo.
Episódios como este fizeram melhorar a segurança de outras grandes embarcações construídas posteriormente, como o transatlântico francês Normandie, de 79.000 toneladas, lançado ao mar em 1935, ou o Queen Elizabeth, três anos depois.
Na segunda metade do século XX, o transporte de passageiros sofreu uma relativa regressão, provocada especialmente pelo maior desenvolvimento da aviação comercial. Por isso, a marinha mercante orientou suas perspectivas para o transporte de mercadorias e especialmente para o do petróleo e seus derivados, uma vez que constitui o meio mais adequado e menos dispendioso para carregar tais substâncias. Também a energia nuclear, amplamente usada em submarinos, porta-aviões e outros navios de guerra, alcançou o transporte marítimo em embarcações como o cargueiro norte-americano Savannah ou os quebra-gelos russos Lenin e Sibir.

 

(Fonte: Site http://www.cepa.if.usp.br/energia/energia1999/Grupo4A/marinhamercante.htm)

 

Atividades da Marinha Mercante

 

A Marinha Mercante engloba, entre outras, as seguintes atividades:

  • Transporte de Mercadorias;
  • Transporte de Passageiros;
  • Apoio à exploração de recursos marítimos.

 

EFOMM - Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante

 

A EFOMM, Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante, é uma escola brasileira que tem como objetivo formar oficiais da Marinha Mercante do Brasil. Há duas unidades no Brasil. Uma, localizada no estado do Rio de Janeiro, se chama CIAGA (Centro de Instrução Almirante Graça Aranha) e visa atender os cidadãos que residem nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A outra, localizada no estado do Pará, se chama CIABA (Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar) e visa atender os cidadãos que residem nas regiões Norte e Nordeste. O ingresso, em qualquer das unidades e para cursar o período normal, é feito mediante concurso público realizado anualmente. O curso tem duração de três anos e mais um período de estágio embarcado que varia de seis meses a um ano. Os estudantes moram na escola e recebem dela uma ajuda de custo mensal, além de alimentação e serviços básicos.

 

CIABA - Centro de Instrução Almirante Brás Aguiar

 

O Centro de Instrução Almirante Bras Aguiar ou CIABA é uma Organização Militar da Marinha do Brasil destinada ao preparo profissional do pessoal da Marinha Mercante, tendo sua existência assegurada por recursos advindos do Orçamento do País e do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional Marítimo. Um gigantesco navio-escola, atracado na margem do Rio Paraná, com capacidade para atender 400 alunos internos e cerca de 900 alunos externos, através de seus vários cursos, todos voltados para as lides marinheiras e é considerado com destaque como sendo um dos melhores estabelecimentos congêneres do mercado no mundo.
Localizado na Rodovia Arhur Bernardes, nº245 - Bairro da Pratinha, Belém, Pará, conta com um moderno conjunto arquitetônico tipo concreto aparente com cerca de 25 mil metros quadrados de área construída num terreno de 161 mil metros quadrados. Nessa base física são ministrados os cursos de Formação de Oficiais da Marinha Mercante, a nível de Ensino Superior, e diversos cursos técnicos e profissionalizantes para aquaviários, trabalhadores portuários e pessoal envolvido com as demais atividades relacionadas com a Marinha Mercante.
 

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