Transporte / Logística

Em abril, o governador do Paraná Beto Richa anunciou uma nova alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), fixada em 18% a partir do dia 1°. O impacto desse aumento foi significativo, especialmente para os transportadores de cargas. “Com essa medida, perdemos competitividade”, afirmou o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), Sérgio Malucelli.

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A turbulência na economia é momentânea e logo será superada pela ação do Governo Federal e pela proatividade das empresas. Está é a mensagem que marca este primeiro dia da 21ª edição da Intermodal South America, principal encontro do setor de logística, transporte de cargas e comércio exterior das Américas. O evento, que acontece no Transamerica Expo Center, em São Paulo, reuniu até quinta-feira (9/4) mais de 680 marcas expositoras de 25 países, além de um público previsto de cerca de 49 mil visitantes. “Nestes 21 anos a Intermodal testemunhou vários momentos de desenvolvimento e de crise e mantém intacta a sua confiança no mercado e nas decisões do governo. Mesmo passando por um período de recessão econômica, realizamos a maior edição de todos os tempos”, ressalta Joris Van Wijk, presidente da UBM Brazil, realizadora da feira. E completa: “Reunimos aqui todas as empresas que querem formalizar novos negócios e cooperar com o desenvolvimento do País. Esta Intermodal será lembrada como a edição da retomada do crescimento”. O ministro-chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR), Edinho Araújo, participou da cerimônia de abertura e destacou a importância da feira: “A Intermodal South America é uma referência para o País e para o mundo, uma vitrine do que temos de melhor. Eu sou um eterno otimista. Nos momentos mais difíceis é que temos a criatividade para superarmos os obstáculos. Se há um setor que pode responder a este momento difícil é o portuário, como podemos ver aqui”. Referência O diretor geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Mario Povia, também chamou a atenção para o papel da Intermodal no desenvolvimento do setor portuário: “A feira é uma referência internacional e nacional em infraestrutura e é um sucesso por reunir as principais lideranças governamentais e empresariais”. Povia também falou sobre o cenário econômico do País. “Não vivemos uma catástrofe. Precisamos de paciência com os investimentos em infraestrutura, pois é um processo que precisa de maturação. O PAC 2 destinou R$ 43,8 milhões para 241 ações. O que temos que combater é a burocracia. Os meios não podem sobrepor os fins”. Herbert Drummond, secretário de política nacional de Transportes do Ministério dos Transportes, deixou uma mensagem de otimismo: “Temos a certeza que a atual fase é momentânea e não vai atrapalhar o andamento dos investimentos. Recebemos nas últimas duas semanas três visitas de grupos de investidores estrangeiros atrás de oportunidades. O ajuste fiscal será passageiro e trás oportunidades pelo esforço técnico e de busca de confiabilidade do governo brasileiro. Não vejo o porque desse sentimento de pânico”. O superintendente executivo da Caixa Econômica Federal em São Paulo, Gustavo Portela, reafirmou o compromisso da instituição com o segmento portuário. “Para a Caixa é fundamental estar presente na Intermodal. Aqui nós fortalecemos a nossa missão. Só em 2014 investimos R$ 33 bilhões em infraestrutura de transportes e logística”, explicou. Matheus Miller, secretário-executivo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA), também frisou a importância da feira: “É sempre importante para a ABTRA ser parceira da Intermodal, principalmente neste momento em que o País passa por um período complicado em sua economia e as empresas precisar unir os esforços para manter a competitividade”.Secretário estadual destaca retomada de concessões ferroviáriasO secretário estadual de Logística e Transportes de São Paulo, Duarte Nogueira, ressaltou a orgulho do Estado receber a Intermodal South America. “A feira é um excelente ambiente de negócios em um momento que o Governo Federal sinaliza com a retomada das concessões ferroviárias no segundo semestre. Torço para que o mesmo ocorra com os aeroportos. Temos cinco em São Paulo aguardando o processo”, destacou.Ele citou, também, as discussões entre o governador Geraldo Alckmin e a presidente Dilma Dilma Rousseff sobre investimentos para viabilizar o Ferroanel, obra essencial para escoar a carga entre o Interior e o Porto de Santos.

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De acordo com a gerente comercial, Elisa Figueiredo, a companhia irá expandir a operação, ainda este ano, em três novas rotas ferroviárias que atenderão as regiões de Jundiaí, Vale do Paraíba e Grande São Paulo. “Para o próximo ano, temos prevista a inauguração de um terminal em Queimados”.Ainda durante a coletiva de imprensa, o gerente geral de negócios da MRS Logística, Guilherme Alvisi, destacou alguns benefícios alcançados após os investimentos de R$ 300 milhões realizados pela empresa, nos últimos anos. “Estes investimentos possibilitaram a implantação de uma grade fixa de escala ferroviária para que os clientes da empresa possam acompanhar o andamento das cargas. Isso possibilitou que, somente no ano passado, a empresa transportasse 1,2 milhões de contêineres, representando um aumento de 18% com relação a 2013”.A feira Intermodal South America irá até amanhã, no Transamerica Expo Center, em São Paulo. Toda a programação está disponível no site oficial do evento www.intermodal.com.br

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Para a operação na ferrovia Norte-Sul, a Brado fará um investimento inicial de R$ 150 milhões, oriundos de capital privado, através de acionistas da Companhia. Os recursos serão destinados à construção de um novo terminal em Imperatriz (MA) e à aquisição de vagões, contêineres e carretas. O valor total anunciado pela empresa para ser investido ao longo de cinco anos é de R$ 1,2 bilhão, conforme informou ao Portogente a assessoria da empresa. Hoje a Brado tem como acionistas a ALL, a BRZ Investimentos, a Deminvest, Dimitrios Markaki e o FI-FGTS.

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Pouco mais de um ano após iniciar suas operações no segmento de Cargas Projeto, a TCP Log - subsidiária dedicada a serviços de integração da cadeia logística da TCP (empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá) já é responsável por aproximadamente 85% das movimentações deste tipo no Porto de Paranaguá. O segmento, que atende qualquer tipo de carga com dimensão ou peso acima do permitido para embarque em contêineres (ultrapassando 12 metros de extensão e dois metros de altura), exige equipamentos especiais para todas as etapas logísticas.

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