A turbulência na economia é momentânea e logo será superada pela ação do Governo Federal e pela proatividade das empresas. Está é a mensagem que marca este primeiro dia da 21ª edição da Intermodal South America, principal encontro do setor de logística, transporte de cargas e comércio exterior das Américas. O evento, que acontece no Transamerica Expo Center, em São Paulo, reuniu até quinta-feira (9/4) mais de 680 marcas expositoras de 25 países, além de um público previsto de cerca de 49 mil visitantes.
“Nestes 21 anos a Intermodal testemunhou vários momentos de desenvolvimento e de crise e mantém intacta a sua confiança no mercado e nas decisões do governo. Mesmo passando por um período de recessão econômica, realizamos a maior edição de todos os tempos”, ressalta Joris Van Wijk, presidente da UBM Brazil, realizadora da feira. E completa: “Reunimos aqui todas as empresas que querem formalizar novos negócios e cooperar com o desenvolvimento do País. Esta Intermodal será lembrada como a edição da retomada do crescimento”.
O ministro-chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR), Edinho Araújo, participou da cerimônia de abertura e destacou a importância da feira: “A Intermodal South America é uma referência para o País e para o mundo, uma vitrine do que temos de melhor. Eu sou um eterno otimista. Nos momentos mais difíceis é que temos a criatividade para superarmos os obstáculos. Se há um setor que pode responder a este momento difícil é o portuário, como podemos ver aqui”.
Referência O diretor geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Mario Povia, também chamou a atenção para o papel da Intermodal no desenvolvimento do setor portuário: “A feira é uma referência internacional e nacional em infraestrutura e é um sucesso por reunir as principais lideranças governamentais e empresariais”.
Povia também falou sobre o cenário econômico do País. “Não vivemos uma catástrofe. Precisamos de paciência com os investimentos em infraestrutura, pois é um processo que precisa de maturação. O PAC 2 destinou R$ 43,8 milhões para 241 ações. O que temos que combater é a burocracia. Os meios não podem sobrepor os fins”.
Herbert Drummond, secretário de política nacional de Transportes do Ministério dos Transportes, deixou uma mensagem de otimismo: “Temos a certeza que a atual fase é momentânea e não vai atrapalhar o andamento dos investimentos. Recebemos nas últimas duas semanas três visitas de grupos de investidores estrangeiros atrás de oportunidades. O ajuste fiscal será passageiro e trás oportunidades pelo esforço técnico e de busca de confiabilidade do governo brasileiro. Não vejo o porque desse sentimento de pânico”.
O superintendente executivo da Caixa Econômica Federal em São Paulo, Gustavo Portela, reafirmou o compromisso da instituição com o segmento portuário. “Para a Caixa é fundamental estar presente na Intermodal. Aqui nós fortalecemos a nossa missão. Só em 2014 investimos R$ 33 bilhões em infraestrutura de transportes e logística”, explicou.
Matheus Miller, secretário-executivo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA), também frisou a importância da feira: “É sempre importante para a ABTRA ser parceira da Intermodal, principalmente neste momento em que o País passa por um período complicado em sua economia e as empresas precisar unir os esforços para manter a competitividade”.
Secretário estadual destaca retomada de concessões ferroviárias
O secretário estadual de Logística e Transportes de São Paulo, Duarte Nogueira, ressaltou a orgulho do Estado receber a Intermodal South America. “A feira é um excelente ambiente de negócios em um momento que o Governo Federal sinaliza com a retomada das concessões ferroviárias no segundo semestre. Torço para que o mesmo ocorra com os aeroportos. Temos cinco em São Paulo aguardando o processo”, destacou.
Ele citou, também, as discussões entre o governador Geraldo Alckmin e a presidente Dilma Dilma Rousseff sobre investimentos para viabilizar o Ferroanel, obra essencial para escoar a carga entre o Interior e o Porto de Santos.
A ordem é ter pensamento positivo, afirmam lideranças governamentais e empresariais
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