A implantação de um trem de passageiros intercidades ligando as cidades de Americana e São Paulo, depende de uma série de etapas burocráticas e vontade política para sair do papel e pode levar oito anos. A opinião é do engenheiro civil Creso Peixoto, especializado em infraestrutura do transporte. O trem, um projeto do governo do Estado discutido em audiência pública realizada na Câmara Municipal de Americana, no dia 23 de outubro último, deve ser construído em parceria com a iniciativa privada, mas ainda não há prazo nem valores definidos.
Para assegurar o escoamento ágil e eficiente da produção, no mercado interno ou para exportação, a região Sudeste precisa de R$ 63,2 bilhões de investimentos na malha de transportes. Esse é o valor necessário para executar, até 2020, 86 projetos prioritários para modernizar e integrar o sistema logístico de Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Uma vez concluídas, as obras propiciarão uma economia anual de até R$ 8,9 bilhões com o transporte de cargas para o setor produtivo, com base na movimentação projetada para o fim da década.
A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) apresentará projeto de lei para sustar a Portaria 404/2012, da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), que instituiu taxa pelo uso de estruturas em águas públicas federais, como pontos de embarque e desembarque de pessoas ou cargas nos portos privados.
Considerado o maior complexo portuário da América Latina e responsável por 80% de toda a movimentação de cargas do Amazonas, o Grupo Chibatão investiu R$ 262 milhões para a melhoria da logística do Estado entre 2014 e 2015.
A indústria metroferroviária nacional e as autoridades dos setores de transportes e infraestrutura do Brasil estarão reunidas na NT Expo - 18ª Negócios nos Trilhos, na primeira semana de novembro, para propor ao mercado iniciativas que ofereçam soluções para o desenvolvimento do transporte ferroviário no Brasil, tanto para as operações de cargas, quanto de passageiros. A ampliação da malha ferroviária é uma das apostas para sanar os gargalos logísticos do País e diante deste cenário a necessidade de investimentos torna-se primordial para o mercado. Neste sentido, iniciativas públicas e privadas são colocadas em práticas. Do total de R$ 198,4 milhões previstos para os transportes na nova etapa do Programa de Investimento em Logística, anunciado pelo Governo Federal, R$ 86,4 bilhões serão destinados para as ferrovias do País. O modal será o que receberá a maior fatia de investimentos, estipulada em pouco mais de 43% do pacote, beneficiando negócios no setor. É neste cenário favorável que acontece a NT Expo - 18ª Negócios nos Trilhos, principal evento do setor metroferroviário da América do Sul, nos dias 3, 4 e 5 de novembro, em São Paulo.Tradicionalmente, a NT Expo tem o compromisso de atuar como catalisadora de mudanças e como vitrine de oportunidades para o setor por congregar toda a cadeia produtiva do transporte de cargas e passageiros. E neste cenário que se define, de investimentos volumosos, a feira ganha ainda mais importância estratégica como plataforma de negócios, já que fornecedores e compradores da indústria se encontram em um ambiente totalmente direcionado para a geração de negócios e networking. São mais de 230 marcas expositoras nacionais e internacionais que exibirão as últimas tendências e inovações em equipamentos, infraestrutura, produtos, serviços e manutenção. Este ano o volume de visitantes está estimado em mais de 9 mil profissionais."Sabemos do papel fundamental do transporte ferroviário para o País e o quanto projetos bem estruturados podem contribuir positivamente para a expansão do setor, integrando todas as regiões. Como representantes do único evento do segmento na América do Sul, temos a responsabilidade de incentivar este desenvolvimento como plataforma de negócios", conclui o gerente da NT Expo, Renan Joel.