Transporte / Logística
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Duas embarcações de carga geral movimentaram, entre sábado e quarta-feira, um total de 1.100 estacas e 600 bobinas de aço na APM Terminals, empresa responsável pelas operações de carga no Porto de Itajaí, em Santa Catarina. Ao todo, foram 13.300 toneladas, 54% a mais do que toda a carga geral operada no ano passado. O navio BBC Congo, originado do Porto de Antuérpia, na Bélgica, desembarcou 6.500 toneladas de estacas-pranchas aos estaleiros localizados em Santa Catarina, enquanto o BBC Ohio embarcou 6.790 toneladas de bobinas de aço para a Argentina.
De acordo com o Gerente Comercial da APM Terminals no Brasil, Felipe Fioravanti, essas operações não impactam negativamente na prioridade do terminal, que é a movimentação de contêineres. "Este tipo de operação é uma boa oportunidade para janelas disponíveis de atracação. Além disso, está alinhada à nossa estratégia de continuar alavancando serviços, empresas e a economia de Itajaí", disse Felipe. Desde julho, quando ocorreu a redução de cerca de 50% na movimentação mensal de contêineres, até dezembro de 2015, 15 navios de carga geral e 7.800 toneladas foram operadas pelo terminal, quatro vezes mais do que todo o ano de 2014.
Com as operações do BBC Ohio e BBC Congo, o terminal consolida sua estratégia de desenvolvimento de novos negócios para o terminal. "Estamos esperando pelo menos mais três operações de carga geral em março", informou Felipe. Ao operar esses navios, a APM Terminals Itajaí também aumenta o número de chamadas para os trabalhadores da União. Cada período de operação demanda cerca de 45 trabalhadores, dependendo da quantidade de equipamento e equipes necessárias. Com cerca de 18 períodos, as duas operações combinadas impactaram em uma renda bruta aproximada de R$ 640 mil para os trabalhadores portuários avulsos, de acordo com o Órgão Gestor de Mão-de-obra (OGMO).
No Brasil, a APM Terminals atualmente administra as instalações portuárias em Itajaí e Pecém (CE). A empresa também é acionista da Brasil Terminal Portuário (BTP), em Santos (SP). Em todo o mundo, as operações estão espalhadas por 59 países, somando 64 portos e terminais, com sete novos projetos em desenvolvimento. No total, existem 20.600 trabalhadores distribuídos em cinco continentes, proporcionando aos importadores ou exportadores todas as principais rotas que elevam o comércio global.
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O armador francês Marfret é o mais novo cliente do Tecon Vila do Conde, operado pela Santos Brasil no Pará. Em uma joint venture com a CMA CGM, a Marfret passou a escalar o terminal paraense com duas embarcações para integrar o serviço NEFGUI, de periodicidade semanal, que leva cargas diretamente para portos da Europa, como Algeciras, Tilburg, Rotterdam, Le Havre, Philipsburg, Port of Spain, Degrad das Cannes.
A primeira escala dos navios da Marfret ocorreu no último dia 01 com a embarcação Marfret Marajó. No próximo dia 29, será a vez do Marfret Guyane atracar pela primeira vez em Vila do Conde. A estimativa de movimentação desta linha é de aproximadamente 2,5 mil TEU por mês.
De acordo com o diretor comercial da Santos Brasil, Marcos Tourinho, este incremento visa atender aos importadores e exportadores da região Norte, concorrendo para a consolidação do porto local como importante peça para o comércio exterior brasileiro.
O Tecon Vila do Conde é o primeiro terminal portuário de uso público operado pela iniciativa privada e está localizado em uma região com grande capilaridade hidroviária, que favorece linhas de cabotagem. Sua proximidade das principais rotas marítimas internacionais garante acesso a todos os continentes de maneira direta ou por meio de hub ports (portos concentradores) do Caribe. Situado no município de Barcarena, no delta do Rio Amazonas, este terminal tem área de 103 mil quadrados e 254 metros de cais acostável.
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- Solange Santana
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Aumentar a competitividade dos portos para ajudar o desenvolvimento do País implica em qualificar sua principal força motora, que é o trabalhador. A opinião é do presidente da Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários (Fenccovib), Mário Teixeira, que admite conquistas, mas também o muito que se precisa fazer para valorizar a mão de obra diante dos novos processamentos de carga, de equipamentos e a modernização das embarcações.
O sindicalista acha que a Lei dos Portos 12.815, implantada em 2013, avançou ao explicitar “a necessidade de qualificação dos trabalhadores e a obrigação das operadoras promoverem formação profissional”. Mas diz que, na prática, “os portuários querem revisão e modernização nos planos, nos currículos e na forma de aplicação dos cursos de qualificação”.
Segundo o dirigente, as categorias reivindicam a criação de centros de treinamentos regionais que disponham de simuladores modernos para capacitar operadores de portêineres, MHC (guindaste móvel), transtêineres, pontes rolantes, empilhadeiras modernas etc. E acrescenta: “Queremos a melhoria do grau de escolaridade dos portuários, com aplicação de curso de língua estrangeira.”
Fórum
O dirigente considera o Fórum Nacional Permanente de Qualificação do Trabalhador Portuário um ponto de apoio para alavancar essas questões. “É nessa instância que a segurança nas operações portuárias, no que diz respeito à mão de obra dos trabalhadores – principalmente no âmbito do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) – tem sido tratada.”
Instituído pelo Decreto 8.033/2013, o fórum é composto por representantes de trabalhadores, operadores e vários setores do Governo Federal, que se reúnem mensalmente no Ministério do Trabalho.
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