Transporte / Logística
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Uma comitiva chilena esteve na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, no dia 29 último, para tratar do projeto Corredor Bioceânico Central, que fará a integração física da América do Sul, interligando os oceanos Atlântico e Pacífico. A rota de 2.472 quilômetros irá de Coquimbo, no norte do Chile, até Porto Alegre, passando pela Argentina. “Essa iniciativa poderá fortalecer e abrir novas oportunidades para o comércio sul-americano, além de diminuir os custos de logística para as indústrias”, destacou o presidente da FIERGS, Heitor José Müller.
Um dos principais pontos do trajeto é a travessia da Cordilheira dos Andes, cujas estradas ficam fechadas mais de 40 dias por ano devido a neve. No atual projeto está prevista a construção de um túnel com 13,8 quilômetros de extensão, o que permitirá o livre trânsito nos 365 dias. “Desde 2007, o Comitê das Rotas de Integração da América do Sul (Crias) está participando da iniciativa, que abrange diretamente 21 milhões de consumidores, 38 portos e 16 aeroportos”, afirmou o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil Chile no RS e do Crias, Joal Teitelbaum.
No Chile, o Departamento de Coquimbo (que corresponde a um Estado no Brasil) está responsável pelo projeto em seu país. A comitiva com nove lideranças empresariais e políticas, além de representantes de universidades, apresentou na FIERGS a evolução do Corredor Bioceânico Central. O diretor de Desenvolvimento e Planejamento do Governo de Coquimbo, Miguel Sanchez, salientou que também será uma rota estratégica para levar os produtos até os países asiáticos pelo oceano Pacífico. “Nosso distrito tem um importante porto com saída direta para a Ásia, o que beneficiará todo o Mercosul”, reforçou.
Na sequência, a agenda do grupo chileno contemplou visita ao governo do Estado e à Assembleia Legislativa para tratar dos detalhes da integração, que prevê a necessidade de duplicação da BR 290. A previsão de conclusão do Corredor Bioceânico Central é de 14 anos, tempo calculado pelas tecnologias existentes para a obra, principalmente pela construção do Túnel do Passo de Água Negra, nos Andes.
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