Nos dias 3, 4 e 5 de novembro, em São Paulo, a indústria metroferroviária estará reunida para apresentar soluções que contribuam com o desenvolvimento do setor e reforcem as ferrovias como elemento da intermodalidade no País. O encontro será na NT Expo - 18ª Negócios nos Trilhos, principal evento do setor metroferroviário da América do Sul, que reúne mais de 230 marcas expositoras nacionais e internacionais que exibirão as últimas tendências e inovações em equipamentos, infraestrutura, produtos, serviços e manutenção. Este ano o volume de visitantes está estimado em mais de 9 mil profissionais.A ferrovia vem galgando posições na escala de prioridades e passou a ser foco de potenciais investimentos públicos e privados. Elemento estratégico da eficiência logística, o modal é apontado como fundamental para o ganho de escala na distribuição de cargas. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por exemplo, divulgou um estudo que mapeia 86 obras consideradas urgentes para garantir o escoamento da produção na região Sudeste do Brasil nos próximos cinco anos. Pelo levantamento, as ferrovias respondem por 48,5% dos investimentos, um total de R$ 30,7 bilhões para 32 trechos, que incluem novas malhas, como a que liga Anápolis (GO) a Campos dos Goytacazes (RJ). Os projetos preveem aportes da iniciativa privada, governo federal e parcerias públicos privadas que darão andamento a 11 mil quilômetros de vias, anunciadas na primeira etapa do PIL, em 2012, mas que não foram licitadas.No que diz respeito ao transporte metropolitano, a implantação de sistemas sobre trilhos são a prioridade para ampliar a capacidade do transporte de passageiros. De acordo com a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), o Brasil tem 20 novos projetos, já contratados ou em execução, que somam 336 quilômetros em obras de metrôs, trens urbanos, VLT e monotrilho, que devem ser finalizados nos próximos cinco anos para atender a demanda nos grandes centros urbanos.Todas estas iniciativas serão debatidas na próxima semana, durante NT Expo, por especialistas, empresários e autoridades do setor, durante o Fórum de Líderes, encontro inédito, apoiado pela UIC (International Union of Railways), que será realizado dentro da NT Expo nos dias 4 e 5 de novembro. "Sabemos que mais de 61% do público participante do evento é composto por CEOs, diretores, gerentes e coordenadores, que são atores diretos do desenvolvimento do setor. Queremos que, além de ser um ambiente para geração de negócios, a NT Expo seja ponto de partida para novos posicionamentos de mercado", explica o gerente da feira, Renan Joel.
A implantação de um trem de passageiros intercidades ligando as cidades de Americana e São Paulo, depende de uma série de etapas burocráticas e vontade política para sair do papel e pode levar oito anos. A opinião é do engenheiro civil Creso Peixoto, especializado em infraestrutura do transporte. O trem, um projeto do governo do Estado discutido em audiência pública realizada na Câmara Municipal de Americana, no dia 23 de outubro último, deve ser construído em parceria com a iniciativa privada, mas ainda não há prazo nem valores definidos.
Para assegurar o escoamento ágil e eficiente da produção, no mercado interno ou para exportação, a região Sudeste precisa de R$ 63,2 bilhões de investimentos na malha de transportes. Esse é o valor necessário para executar, até 2020, 86 projetos prioritários para modernizar e integrar o sistema logístico de Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Uma vez concluídas, as obras propiciarão uma economia anual de até R$ 8,9 bilhões com o transporte de cargas para o setor produtivo, com base na movimentação projetada para o fim da década.
A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) apresentará projeto de lei para sustar a Portaria 404/2012, da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), que instituiu taxa pelo uso de estruturas em águas públicas federais, como pontos de embarque e desembarque de pessoas ou cargas nos portos privados.
Considerado o maior complexo portuário da América Latina e responsável por 80% de toda a movimentação de cargas do Amazonas, o Grupo Chibatão investiu R$ 262 milhões para a melhoria da logística do Estado entre 2014 e 2015.