Domingo, 24 Novembro 2024

Transporte / Logística

O Brasil deve enfrentar um "colapso" com o descompasso entre o desenvolvimento da infraestrutura portuária e a entrada de um volume adicional de 15 milhões de toneladas de soja e milho para exportação na safra 2013/2014. O alerta é de Luiz Antônio Fayet, responsável técnico da área de infraestrutura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Para o consultor, as dificuldades de implementação da nova Lei dos Portos, sancionada em junho, gerou um atraso de um ano nas licitações de projetos de terminais portuários no País, em especial na região Norte.

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No entanto, o coordenador das atividades do International Council on Clean Transportation (ICCT) no Brasil, Cristiano Façanha, alerta que a instalação de novos sistemas de transporte exige cautela. “Todas as soluções para aliviar o trânsito e melhorar a mobilidade urbana são bem-vindas. Mas as melhores práticas dependem de um bom planejamento urbano de longo prazo, com limites à construção descontrolada”, disse à Agência CNT de Notícias.

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O Porto de Tubarão, no Espírito Santo, onde estão as mais antigas operações portuárias para a exportação de minério de ferro da Vale, passa por uma fase de modernização. O porto começou a ser construído no governo de João Goulart, em 1962, e foi inaugurado quatro anos depois, em 1966. O terminal permitiu atracar grandes navios para a época e alavancou as vendas externas da Vale. Quase 50 anos depois, Tubarão está recebendo R$ 1,8 bilhão em investimentos para tornar-se mais eficiente via redução de custos e aumento da segurança operacional. Como resultado, espera ter ganhos de produtividade e manter-se como um dos portos mais eficientes do mundo na movimentação da commodity. Tubarão escoa cerca de 30% da produção anual de minério de ferro da Vale. Em 2013, o terminal deve embarcar 103 milhões de toneladas de minério de ferro e pelotas, 18% abaixo de sua capacidade, de 125 milhões de toneladas. Os investimentos devem permitir ganhos de produtividade de 7% a 10%, disse Fábio Brasileiro, diretor de planejamento e desenvolvimento logístico e operações da Vale. Tubarão poderá chegar ao fim de 2016, quando o projeto de modernização estiver concluído, com capacidade até 10% maior.

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O plano da companhia prevê investimento adicional de US$ 550 milhões para tornar o porto viável. A partir do rearranjo do endividamento, os compradores de 65% do Porto - o fundo Mubadala, de Abu Dhabi, e a Impala, divisão da trading holandesa Trafigura - fariam um aporte de capital de US$ 400 milhões.

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