O estado geral das rodovias públicas federais melhorou 24,0 pontos percentuais entre 2004 e 2016, passando a classificação de ótimo ou bom de 18,7% para 42,7%, conforme o estudo “Transporte Rodoviário – desempenho do setor, infraestrutura e investimentos”, da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou, na quinta-feira (10).
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Nos 13 anos analisados, o levantamento relaciona a qualidade das rodovias brasileiras e os investimentos federais em infraestrutura rodoviária, a exemplo de 2011, quando a União investiu o maior montante em infraestrutura de transporte no período (R$ 15,73 bilhões) e, naquele ano, o percentual de rodovias consideradas ótimas ou boas foi de 41,3%.
Em 2004, quando houve o menor aporte de recursos no período analisado (R$ 3,90 bilhões em investimentos federais), apenas 18,7% das rodovias tiveram avaliação positiva na pesquisa da CNT.
Entre 2015 e 2016 registra-se avaliação positiva (42,1% e 42,7%), mesmo com baixo volume de investimentos (R$ 6,33 bilhões e R$ 8,61 bilhões, respectivamente) por conta, entre outras razões, dos investimentos serem aplicados em manutenção e melhoria de sinalização, que têm custo menor.
Já em 2016, os recursos do governo federal nas rodovias retrocederam ao nível de 2008. A estratégia do poder público foi investir os escassos recursos em ações de manutenção e recuperação de rodovias, que concentraram 64,3% do montante desembolsado em 2016.
Pelos dados da CNT, 57,3% das rodovias públicas são inadequadas ao tráfego. Em 2016, quase de 31 mil quilômetros apresentavam problemas em pavimento, sinalização e geometria, o que aumenta o custo operacional do transporte, comprometem a segurança e causa danos ao meio ambiente.