Foi em 2009 que quatro mulheres conseguiram realizar um sonho que até então só os homens pareciam aspirar: tornar-se uma prática, profissional que orienta os comandantes de navios durante a navegação e nas manobras de atracação e desatracação nos portos e canais portuários. Atualmente, 13 práticas estão em atividade no País, duas delas em Santos.
Não há restrições ao ingresso de mulheres na Praticagem, mas o interesse pela profissão vem ocorrendo com maior ênfase desde o processo seletivo realizado pela Marinha do Brasil em 2008. A partir daí mais mulheres participaram dos rigorosos processos seletivos, conquistando vagas altamente disputadas.
Passar no processo seletivo é apenas a primeira etapa desse processo para se tornar prática de uma determinada Zona de Praticagem. Aprovada em todas as provas, a candidata passa a ser praticante de prática, iniciando uma fase de qualificação que dura entre um e dois anos e prevê a realização de cerca de 650 manobras acompanhadas por um prático. Ao final desse período, é submetida a um exame prático coordenado pelo Capitão dos Portos local.
Santos foi um dos primeiros portos a contar com uma prática em 2010, quando Fernanda Letícia da Silva, 26 anos à época, concluiu o estágio de qualificação e foi aprovada no exame de habilitação.
