O Centro da Indústria do Estado de São Paulo (Ciesp) e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) firmaram, recentemente, a renovação de termo de cooperação para estabelecer formas de parceria e projetos de ação conjunta na área portuária.
Logística é importante, especialmente agora que as exportações se tornam mais necessárias para a recuperação econômica do país. Cervone destacou avanços no setor aquaviário, em regulação, desburocratização, incentivo à navegação de cabotagem e outros.
Mário Povía, diretor da Antaq, disse que o setor portuário nacional responde bem à demanda. Os investimentos continuam a ser feitos, e o transporte aquaviário está preparado para atender à demanda e responder à recuperação da economia, assegurou. Tem se tornado mais eficiente e ajudado a reduzir o custo Brasil. Destacou a renovação antecipada de outorgas, com investimento privado de US$ 20 bilhões. Afirmou que fretes e custos portuários estão sendo reduzidos, mas para o futuro será necessário um esforço hercúleo para simplificar os processos de outorga e para desburocratizar o setor.
Com R$ 1 bilhão para investir nos portos, é preciso priorizar, destacou o ministro Maurício Quintella Lessa. E a prioridade foi dada à dragagem, vital para os portos. Santos, Itajaí e Paranaguá vão ter R$ 800 milhões, e outros serão beneficiados adiante, aumentando a competitividade do transporte aquaviário. O acesso aos portos, disse Lessa, é outro ponto a ser encarado. Em 2016, nas rodovias foi priorizada a finalização de obras.
E o Plano de Parcerias de Investimentos (PPI), destacou, chegou a uma modelagem aceita pelo mercado. Dos 34 projetos aprovados em setembro de 2016, 14 são da área de infraestrutura e estão rigorosamente em dia, disse.
Números oficiais
O relatório da Antaq mostra que em 2016 os portos movimentaram 998 milhões de toneladas, queda de 1% em relação a 2015. Tokarski destacou que se não tivesse havido quebra de safra do milho, não teria havido recuo.
O número de atracações, 54.973, foi 7,5% menor que no ano anterior, graças à ampliação permitida pela dragagem de portos.
No Arco Norte, cresceu 88,5% a movimentação de soja de 2011 a 2016. No milho, 174,8% no mesmo período, apesar da sensível queda no ano passado.
As exportações representaram 81,7% da navegação de longo curso em 2016. Minérios responderam por 51,6% do total em toneladas, mas a soja, com 13%, teve a maior participação em valor. A China aparece como maior parceira em volume, e os Estados Unidos, em valor.
Mudança importante na cabotagem, destacou Tokarski, foi a adoção do porta a porta, e isso, disse, vai se ampliar muito.
Outro destaque do relatório da Antaq é o crescimento da participação de terminais de uso privado (TUP) na movimentação de contêineres.