Sábado, 30 Novembro 2024

Os portos brasileiros, em conjunto, movimentaram 8.754.600 de TEUs (medida padrão do contêiner de 20 pés) em 2016, o que significou uma queda de 4% em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Centro Nacional de Navegação Transatlântica - Centronave. O recuo deveu-se à forte retração econômica que o País enfrentou.

Por esta razão, ao contrário do que vinha sendo observado desde 2011, as exportações apresentaram participação maior (54,9% do total) do que as importações (45,1%). O balanço inclui a movimentação no longo curso (comércio exterior), na cabotagem e de contêineres vazios, para reposicionamento entre os portos.

Apesar do movimento de exportação ter crescido 2,5% em relação a 2015, em muito favorecido pelo câmbio, a queda de 9,2% na importação, somada à pequena queda no reposicionamento de contêineres vazios, que foi de 2,42 milhões de TEUs (ou 27,7% do total, dentro da tendência histórica), resultou no decréscimo geral.

O levantamento confirma a concentração de volume nos portos das Regiões Sudeste e Sul, com 82,20% do total (7,19 milhões de TEUs movimentados). Os portos do Sudeste - Vitória, Rio de Janeiro, Sepetiba/RJ, Santos e São Sebastião/SP - responderam por quase a metade (46,6%) do total de contêineres movimentados. Os do Sul, responderam por 32,9% do total. Itapoá, inexistente até 2011, foi responsável por 17,6% da movimentação na Região em 2016.

Os dez principais portos brasileiros também concentraram 90,4% da movimentação. A ampla liderança, com 38,9% do total, é de Santos, seguido de Navegantes/SC (10,2%), Paranaguá/PR (8,5%), Rio Grande/RS (8,0%), Itapoá/SC (6,3%), Manaus (5,0%), Suape/PE (4,5%), Salvador (3,4%), Rio de Janeiro (3,4%) e Itajaí (2,2%).

Desses dez portos, os únicos a apresentarem aumento no volume movimentado, a despeito da crise econômica, foram Navegantes (32,9%), Salvador (4,0%), Itapoá (2,3%) e Suape (0,8%). Santos teve queda de 5,7% no volume movimentado, mas os piores recuos foram de Itajaí (-36,6%), Manaus (-21,1%) e Rio de Janeiro (-15,6%).

A taxa anual de crescimento da movimentação de contêineres nos portos brasileiros tem mantido tendência anual decrescente, refletindo a crise interna. Mas somente a partir de 2014 houve recuo. Vejamos: de 2011 para 2012, avanço de 8,4%; de 2012 para 2013, de 7%; de 2013 para 2014, de 1,2%; de 2014 para 2015, -1,82%; e, de 2015 para 2016, -4%.

O Centronave é uma associação fundada 1907, voltada para o desenvolvimento da navegação e do comércio exterior, e hoje integrada por 22 armadores, brasileiros e global carriers, de várias bandeiras. Em conjunto, essas empresas respondem por 95% da carga em contêineres do comércio exterior brasileiro, somam mais de US$ 40 bilhões em ativos no país e disponibilizam mais de 300 navios que ligam o Brasil a 170 países.

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