O Porto de Vitória fará 111 anos no próximo mês de março, mas a Autoridade Portuária atribuída à Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) comemorou, em 21 de fevereiro, 34 anos de criação. A Codesa substituiu a antiga Administração do Porto de Vitória (APV), sendo responsável, inicialmente, pelos portos de Vitória e Barra de Riacho, e, posteriormente, também pelo Porto de Praia Mole.
O Decreto de criação, de número 87.560/1982, mas somente em fevereiro de 1983 a Companhia Docas do Espírito Santo foi efetivamente constituída, sendo agregadas as instalações portuárias constantes na Lei. Era o governo do então presidente militar, general João Batista de Figueiredo e no Estado, o governador (indicado, não eleito) era Eurico Rezende. Na época, o controle acionário da Codesa foi transferido do Ministério dos Transportes (ao qual a APV era subordinada) à Empresa de Portos do Brasil S.A. (Portobrás).
Docas
A política portuária do Governo Federal nos anos 1980 era uniformizar o regime jurídico – administrativo das entidades que exploravam e / ou administravam os portos públicos brasileiros. A maioria das companhias docas brasileiras foi criada nesse período. Assim, a Codesa foi constituída sob a forma de economia mista, com capital majoritário da Portobrás e participação acionária do governo do Estado do Espírito Santo e outros.
O maior ganho com a criação da Codesa, que era um pleito debatido desde anos anteriores, foi com relação à regionalização da gestão, já que em 1978, quando a Portobrás havia encampado a concessão de exploração do Porto de Vitória, por meio da APV, a administração era feita diretamente de Brasília. Havia, portanto, limitações de sentido administrativo e operacional. Com a criação da companhia docas, a gestão passou a ser feita por Vitória.
Mais de três décadas depois, a Codesa deu um salto de qualidade e crescimento. Figura entre os maiores portos públicos do país, atua com base em projetos de médio e longo prazos e disputa mercado oferecendo agilidade, segurança e preços competitivos. A empresa investe em modernização tecnológica, ampliação de infraestrutura e capacitação de empregados, de olho no mercado mundial.