Sexta, 29 Novembro 2024

Foi finalizado recentemente, em 17 de janeiro, o primeiro embarque de navio do Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam), porto que está sendo ampliado pela VLI na área continental de Santos (SP). A primeira operação com produto de origem vegetal da nova estrutura embarcou carga de 26,5 mil toneladas de milho da Bunge, uma das principais empresas de agronegócio e alimentos do país. O navio Chamchuri Naree, de 177 metros de comprimento, havia atracado no berço 2 do Tiplam no último sábado (14).

Localizado no Canal de Piaçaguera, o Tiplam é um projeto cujos investimentos giram em torno de R$ 2,7 bilhões. Sua ampliação pela VLI teve início em 2013 e é considerada a maior obra portuária em curso hoje no país - em dezembro chegou a 95% concluída. Atualmente, o Tiplam movimenta 2,5 milhões de toneladas atuais de produtos importados, como enxofre e fertilizante. O projeto de ampliação tem o objetivo de capacitar o porto para exportar granéis agrícolas, além de aumentar a capacidade de recebimento das cargas já operadas. Quando for totalmente entregue, no primeiro semestre de 2017, vai agregar à Baixada Santista capacidade extra de 12 milhões de toneladas por ano em exportação de grãos e açúcar e importação de fertilizantes e enxofre, alcançando 14,5 milhões de toneladas de movimentação em sua estrutura.

“É um momento histórico para a VLI e para a infraestrutura do país. O Tiplam representa uma nova alternativa logística para o escoamento da produção agrícola do país, com foco na agilidade, já que toda a cadeia está integrada à ferrovia”, afirma Fabiano Lorenzi, diretor comercial da VLI.

O carregamento para a Bunge, no sábado, foi também o primeiro que contempla toda a transformação realizada pela VLI no chamado Corredor Centro-Sudeste, uma importante rota de escoamento de granéis agrícolas que, ligado pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), recebe no Terminal Integrador de Uberaba, Triângulo Mineiro, carga das regiões produtoras do Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, e chega ao Tiplam, que possui acesso exclusivo por ferrovia, diminuindo gargalos na chegada ao porto. Os investimentos neste corredor chegam a R$ 4 bilhões.

Essa integração, somada a soluções logísticas implementadas no Tiplam, possibilitam que a redução no tempo total da cadeia, desde o carregamento no terminal de transbordo até o descarregamento no porto, chegue a 70%. Essas soluções contam com dispositivos como a moega ferroviária, estrutura de 14 metros para descarregamento das cargas dos trens que tem sua maior parte sob à linha férrea, abaixo do nível do mar. Chegada a composição, os vagões são abertos por baixo e a carga é descarregada, sendo direcionada pelas correias transportadoras até os armazéns ou diretamente para os navios.

Outra estrutura que possibilita agilidade no acesso ao terminal é a pera ferroviária, uma solução logística em que a linha férrea é instalada em formato circular, o que permite o transbordo das cargas sem a necessidade de desmembramento do trem, aumentando a eficiência das manobras de entrada e saída dos terminais e reduzindo o tempo de descarga das composições férreas.

Estrutura
Com previsão de ser entregue totalmente no primeiro semestre de 2017, o Tiplam contará com grande infraestrutura para armazenagem de produtos, além de carregamento, descarregamento e atracação de navios.

Serão quatro berços de atracação, sendo um para embarque de açúcar, um para embarque de grãos e dois para descarga de fertilizantes. Além disso, o terminal conta hoje com dois pátios para fertilizantes, com capacidade para 60 mil e 66 mil toneladas. Quando estiver totalmente concluído, o Tiplam terá dois para armazéns de grãos, um de açúcar e outro que pode abrigar tanto açúcar quanto grãos.

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