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As consecutivas certificações ISO 9000 em Santos, desde 1988, e o recente acordo com a Clia Brasil reforçam as garantias para dos clientes da Praticagem de São Paulo. Seu presidente, Cláudio Paulino, comemora o reconhecimento dos usuários, atestado em pesquisa, e atribui os bons resultados às constantes gestões de qualidade e investimentos em tecnologia.
Portogente - Recentemente a Praticagem e a Clia Brasil firmaram acordo para redução dos preços dos serviços prestados aos navios de passageiros. O que isso significa?
Cláudio Paulino - Foi um acordo inédito entre a Praticagem e a Clia, que irá estimular o turismo regional nestes tempos de crise. Foram dois anos de entendimento até chegarmos à fórmula ideal, assinando o compromisso por cinco anos. Isso garantirá a possibilidade de planejamento a longo prazo e os cálculos passaram a ser feitos com base no número de escalas da empresa de cruzeiros.
Assim, quanto maior for o número de escalas nos portos de Santos e São Sebastião, maior será desconto.
Portogente - A que atribui a grande aprovação da Praticagem de São Paulo, revelada em recente pesquisa junto aos clientes, nos quesitos confiabilidade e pontualidade?
Cláudio Paulino - Ter aprovação unânime em questões importantíssimas como pontualidade e confiabilidade é extremamente gratificante para todos nós e motivo de orgulho para nosso porto, o maior da América Latina. É o reconhecimento de nossa visão estratégica e dos investimentos para garantir segurança e agilidade aos portos de Santos e São Sebastião e a nossa ação proativa para vencer os desafios, principalmente o crescimento das dimensões dos navios. Chegam a Santos navios cada vez maiores e as condições geográficas do porto continuam as mesmas. A pesquisa mostra o resultado de nosso esforço, tendo realizado nos últimos anos vultosos investimentos em tecnologia. Veja-se que a Praticagem se antecipou e hoje possui um dos mais modernos centros de coordenação, comunicações e operações de tráfego do mundo. Ao fornecer uma grande gama de informações em tempo real, garantem ao prático maior segurança e eficiência nas manobras.
Outro ponto importante é o aprimoramento profissional dos práticos e dos funcionários. Os práticos de São Paulo fazem treinamentos em Port Revel, na França, onde viveciam situações simuladas de risco e novos desafios, antecipando-se ao que o futuro reserva para a navegação moderna. Os funcionários também passam por atualização profissional, garantindo a operação da Praticagem nas mais rigorosas condições de segurança.
Em suma, a pesquisa evidencia o reconhecimento de nossa postura de preocupação com a segurança da navegação sem perder de vista a eficácia do fluxo logístico.
Portogente - Quais as medidas da entidade para melhorar ainda mais o atendimento aos clientes?
Cláudio Paulino - A pesquisa deste ano revelou índice de satisfação que atinge quase 100% em todos os itens, com margem muito pequena de insatisfação Não podemos relaxar e todo nosso esforço é no sentido de manter esses índices extremamente positivos e melhorar os que podem ser melhorados.
Portogente - Quais as certificações de qualidade que a Praticagem de São Paulo mantém?
Cláudio Paulino - A Praticagem de Santos foi o primeiro serviço de praticagem das Américas a obter a Certificação ISO 9000. Isto ocorreu em 1998 e, a partir daí, por meio de auditorias externas semestrais ou anuais, tem mantido e aprimorado o seu sistema de gestão de qualidade. Além disso, mantém o seu C3OT e as lanchas de praticagem homologadas pela autoridade marítima.
Portogente - Quais os novos desafios a serem vencidos no Brasil para aperfeiçoar as operações de praticagem e favorecer o comércio exterior?
Cláudio Paulino - Os últimos anos revelam uma grande mudança na navegação mundial. Navios cada vez maiores, utilizando os mesmos canais, as mesmas vias navegáveis e enfrentando as mesmas limitações, obrigam as praticagens a estarem sempre um passo à frente. No caso dos portos paulistas esse esforço da praticagem tem contribuído para o bom desempenho da atividade econômica, no que diz respeito à movimentação de navios. Sem esse aperfeiçoamento, não haveria condições de navios de 336 metros operarem aqui. Difícil imaginar um retrocesso de dez anos, por exemplo, quando a maioria dos navios manobrados em Santos não alcançava sequer 200 metros.
