Sexta, 03 Mai 2024

O Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita – Tiplam – que está sendo ampliado pela VLI e vai agregar mais 12 milhões de toneladas por ano em capacidade ao sistema portuário de Santos chegou, em novembro, a 95% das obras concluídas. A previsão é que o terminal terá sua estrutura totalmente entregue até o final do primeiro semestre de 2017.

De acordo com a VLI, com as obras avançadas, a equipe do Tiplam se prepara para começar ainda em novembro os testes operacionais referentes ao primeiro circuito de grãos e açúcar do terminal. Este circuito envolve as estruturas que possibilitam o início do recebimento de trens, como a pera ferroviária e a moega ferroviária.

Essas estruturas fazem parte de uma moderna e arrojada solução logística em formato circular que possibilita o transbordo das cargas sem necessidade de desmembrar o trem, aumentando a eficiência das manobras de entrada e saída dos terminais e reduzindo drasticamente o tempo de descarga das composições férreas. O tempo previsto para o descarregamento de cada trem com 80 vagões é de apenas 4 horas.

Também constam nessa entrega o armazém 1 (com capacidade estática para abrigar 83 mil toneladas de grãos) e o armazém 3 (com capacidade estática para receber 83 mil toneladas de grãos ou 114 mil toneladas de açúcar); o berço 2 de atracação dos navios; além de um carregador de navios e transportadores de correias.

Além da parte estrutural, a empresa também avança nas licenças necessárias para a realização dos testes operacionais para esse circuito. Documentos importantes já foram emitidos, como o Habite-se, pela Prefeitura de Santos, que libera a utilização das estruturas construídas no terminal; o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), para o sistema de combate a incêndio; a licença de operação para testes com carga, pela CETESB; e a anuência para recebimento de açúcar no armazém 3 emitido pela Receita Federal/Alfândega do Porto de Santos.

Para as próximas etapas de conclusão do Tiplam, a empresa deve finalizar obras de outros três armazéns (dois para o circuito complementar de açúcar e grãos e um de fertilizantes); mais um carregador e um descarregador de navios; e mais dois berços de atracação (berço 3 e berço 4). A maior parte dessas estruturas está com obras civis e de montagem avançadas.

Em junho, a VLI já havia iniciado os testes operacionais do novo pátio de enxofre, que possui capacidade para armazenar 66 mil toneladas do produto. Atualmente, o terminal já opera um armazém de enxofre com espaço estático para 60 mil toneladas. Com a finalização total das obras de expansão em 2017, o volume anual do terminal portuário saltará de 2,6 milhões de toneladas para 14,5 milhões, acrescentando 12 milhões de toneladas de capacidade ao sistema portuário de Santos e oferecendo uma opção competitiva e eficiente para o escoamento de cargas no país.

O Tiplam é uma das partes que integram o plano de negócio da VLI, que prevê investimentos de R$ 4 bilhões no corredor Centro-Sudeste. Além da ampliação do terminal em Santos, os recursos foram aplicados na construção de dois terminais intermodais em Guará, no interior de São Paulo, e Uberaba, no triângulo mineiro, na compra de material rodante e em melhorias na infraestrutura da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). Os terminais intermodais e o Tiplam estarão interligadosligados pela ferrovia.

DESAFIOS
Um projeto como o Tiplam, considerado hoje a maior obra portuária privada em curso no país, envolve números robustos. A começar pelo investimento de R$ 2,7 bilhões e a mobilização de mais de 4 mil empregados diretos no pico das obras.

Para movimentar o volume diário a ser realizado exclusivamente por ferrovia no Tiplam seriam necessários 1.500 caminhões. Toda a área interna da pera ferroviária possui 600 mil m². Durante as obras, foram realizados mais de 1 milhão de metros cúbicos de terraplenagem; 64 mil metros cúbicos de concreto foram moldados in loco; e outros 25,5 mil metros cúbicos de pré-moldados estão sendo utilizados.

Já a montagem mecânica envolve mais de 12 mil toneladas. A título de comparação, a Torre Eiffel precisou de 7 mil toneladas. Também foram cravados 250 km de estacas metálicas na terra e 16 km de estacas no mar.

Os desafios de engenharia foram gigantescos. Um deles foi a fundação das estruturas do Tiplam, já que o terminal está localizado em uma área de solo de baixa resistência. Um dos espaços que mais requereram atenção especial de fundação é a moega ferroviária. A moega é uma estrutura para descarregamento das cargas trazidas pelos trens. Parte dessa estrutura fica sob à linha férrea, abaixo do nível do mar. Ao chegar um trem, os vagões são abertos por baixo e a carga é descarregada, sendo direcionada para as correias transportados até os armazéns ou diretamente para os navios.

O edifício da moega possui 14 metros de profundidade, sendo 8 metros abaixo do nível do mar. Para a construção desta estrutura foi necessário utilizar uma metodologia conhecida como Jet Grouting, onde uma “nata” de cimento e areia é injetada no solo a grande profundidade (20 metros).
Para realização desta operação, foram necessárias 40 mil toneladas de cimento, suficientes para produzir 130 mil metros cúbicos de concreto, mais do que o utilizado na construção do Estádio do Maracanã (80 mil metros cúbicos).

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