Ao mesmo tempo em que abre e mantém fábricas no exterior, a Embraer, fabricante de aviões comerciais, executivos, agrícolas e militares, iniciou mais um plano de demissão voluntária (PDV), terminado em 11 de outubro último, na sua unidade matriz, em São José dos Campos, Interior Paulista. Hoje um conglomerado transnacional brasileiro, a empresa foi privatizada em 7 de dezembro de 1994.
Segundo a companhia, o PDV faz parte do ajuste das operações da empresa e está voltado apenas para engenheiros, secretários e técnicos de nível médio, funções que representam aproximadamente 50% dos empregados.
Os empregados que tiverem a adesão ao PDV confirmada serão desligados a partir do dia 17. Eles receberão indenização adicional proporcional ao tempo de empresa (40% do salário nominal por ano de empresa), com garantia de dois salários nominais brutos; o pagamento de seis meses do plano de saúde e odontológico para o empregado e seus dependentes; apoio e orientação para o processo de transição de carreira ou de aposentadoria.
Em agosto também deste ano, a Embraer já havia realizado um plano de demissão voluntária que desligou 1.470 funcionários. Interessante que no site oficial da companhia (www.embraer.com.br) está destacado, como forma de slogan: "Nossa gente é o que nos faz voar." E onde se pode ler: "Nosso maior valor é a alegria, a paixão e o comprometimento de nossa gente. Todos buscam dar o melhor de si, pois sabemos que, juntos, conquistamos a excelência. Pessoas felizes, competentes, valorizadas, realizadas e comprometidas com que fazem. Pessoas que trabalham em equipe e agem com integridade, coerência, respeito e confiança mútua."