O Porto de Suape foi a última parada de 16 microempresários dos setores de decoração, alimentação, gesso e cosméticos que participaram do curso Passaporte para a Exportação, projeto realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com o apoio do Complexo Industrial Portuário de Suape. A capacitação teve início em junho e, ao todo, foram 13 encontros resultando em 45 horas de consultoria de preparação para que eles exportem seus produtos para o mundo.
Entre os participantes, representantes da Casa Design, Hairfly, Café Expresso Supremo, Industria e Comércio de Gesso São Jorge, Estofados César, Peiex/Apex, Arte Coisa e Tal, Maria Donata, e a Dom Alimentos integraram o time. “Esse curso concedeu ao pequeno e microempresário a possibilidade de conhecer o ambiente de exportação e identificar as oportunidades para cada segmento”, pontuou Bruno Vieira Barreto, Diretor Operacional da empresa de confecção e moda Maria Donata, com sede na Avenida Conde da Boa Vista, em Recife.
Com a capacitação, esses profissionais também puderam conhecer as soluções desenvolvidas no Estado para poder aplicá-las nos seus projetos de expansão. “A importância dessa iniciativa está em podermos oferecer ao empresariado todo o caminho para ele poder exportar e agilizar o envio de suas mercadorias”, explicou Margarida Collier, analista de Internacionalização do Sebrae de Pernambuco.
No Porto de Suape, o público pôde conhecer um pouco mais do Complexo e a oportunidade de exportação via contêineres. A exemplo do Projeto de Consolidação de Cargas para Exportação (PCCE), lançado pela administração de Suape no início deste ano, que tem como objetivo reduzir os custos logísticos e viabilizar novos mercados para pequenos exportadores. A iniciativa prevê ainda garantir a regularidade nas saídas de contêineres e estimular potenciais exportadores da região, priorizando as movimentações através do Porto pernambucano. O PCCE visa o transporte de cargas fracionadas, ou LCL (Less Container Load), que pode ser escolhido pelo exportador quando sua carga não preenche um contêiner completo e ele compartilha o espaço com outras cargas de empresários diferentes, que são enviadas juntas para o mesmo destino. Esse tipo de transporte barateia o custo, uma vez que o valor será rateado.
“Nossa intenção é criar uma rede organizada em que o pequeno produtor seja beneficiado com o seu produto chegando ao destino final de forma mais rápida e gastando menos. Além da exportação, o empresariado pernambucano também pode se beneficiar com a cabotagem, transporte ecologicamente sustentável e eficaz que ainda é pouco conhecido pelo microempresário”, pontuou o vice-presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Evandro Avelar. A cabotagem é o transporte nacional de mercadorias realizado entre os portos costeiros por via marítima. Em 2015, o Porto de Suape alcançou a liderança nacional entre os portos públicos brasileiros neste tipo de navegação, de acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). No primeiro semestre deste ano, dos 11 milhões de toneladas de cargas movimentadas pelo atracadouro pernambucano, 7,6 milhões de toneladas foram via cabotagem.