Os portos brasileiros movimentaram um total de 9.120.100 TEUs em 2015, o que representou um recuo de 1,8% face a 2014 (9.289.900 TEUs), de acordo com o Centro Nacional de Navegação Transatlântica (Centronave), entidade que reúne 23 armadores brasileiros e global carriers que, em conjunto, respondem por mais de 95% do comércio exterior brasileiro em contêineres.
O levantamento inclui os segmentos de longo curso e cabotagem, bem como a movimentação de contêineres vazios. TEUs é a medida padrão para o contêiner de 20 pés. A queda em relação no movimento geral ao ano anterior foi de 1,8%, menor do que era previsto, graças ao aumento de 7,1% dos volumes destinados ao exterior (exportações). As importações sofreram queda de 10,2%. A movimentação de contêineres vazios caiu 1,3%.
Assim, ao contrário do que vinha sendo observado há alguns anos, as exportações, com 52% do total de contêineres cheios, apresentou participação na movimentação geral maior do que a importação (48%), o que pode ser atribuído à valorização do dólar no período e também à retração da demanda interna.
Os números mostram que Santos (SP) permanece na dianteira absoluta na movimentação de contêineres, com participação de 39,6% do total, seguido de Paranaguá (8,7%), Rio Grande (8,0%), Navegantes (7,4%), Manaus (6,1%) e Itapoá (5,9%), conforme tabela em anexo.
Os dados revelam ainda a grande concentração do volume movimentado nas regiões Sul e Sudeste. Também mostram que, entre os 22 portos que movimentaram contêineres no país em 2014, os dez principais responderam por nada menos do que 90,3% do movimento.
O Porto Itapoá, no Norte catarinense, manteve-se na sexta posição, com um crescimento de 15,1% em relação a 2014, tendo sido o único porto de Santa Catarina a apresentar variação positiva no ano passado. Foi também o porto que mais cresceu em movimento, entre os 22 pesquisados.
O Rio de Janeiro, que já foi um dos principais portos do país, aparece apenas na oitava posição, registrando queda de 19,7% no movimento de contêineres de 2014 para 2015.