Sábado, 04 Mai 2024

A paisagem do Porto de Pecém nunca mais será a mesma. Isso porque, nesta semana, desembarcaram os dois guindastes do tipo STS (Ship to Shore) adquiridos pela APM Terminals para movimentação de contêineres no terminal. Com aproximadamente 87 metros de altura e 1.600 toneladas, eles estarão entre os maiores do Brasil, tornando o porto nordestino um dos únicos do país capazes de operar navios de última geração (Ultra-Large Containerships), com 400 metros de comprimento, 56 metros de largura, 15,2 metros de calado e podendo carregar até 18.000 TEUs.

Os equipamentos operam simultaneamente dois contêineres de 20 pés e um de 40 pés (unidade de medida padrão). A capacidade do guindaste é de 65 toneladas para contêineres e 100 toneladas para operar cargas especiais. Além disso, os equipamentos têm 68 metros de lança, podendo alcançar até a 22ª fileira de contêineres das embarcações.

Ao todo, foram quase R$ 100 milhões investidos pela APM Terminals para aquisição de equipamentos, entre eles os guindastes, empilhadeiras e terminal tractors, enquanto o Governo do Estado do Ceará, que gerencia o Complexo Portuário de Pecém por meio da estatal Cearaportos, investiu R$ 600 milhões em obras de ampliação de cais. Os aportes públicos e privados integram um projeto de longo prazo para que o Porto de Pecém seja o principal concentrador e distribuidor de cargas do Norte e do Nordeste do país.

“Pecém é o porto mais próximo de mercados consumidores como os Estados Unidos, a Europa e o Norte da África. Sua localização também é estratégica para todas as rotas provenientes da Ásia, o que o torna também uma excelente opção para distribuição de mercadorias por meio da cabotagem”, explica Ricardo Arten, Diretor Superintendente da APM Terminals no Brasil. “Essa condição, aliada à profundidade natural de 18 metros e à disponibilidade de equipamentos para a operação de grandes navios de contêineres, é o principal diferencial de Pecém em relação à atual infraestrutura portuária disponível no Brasil”, completa.

"Os STS vão contribuir para o aumento da movimentação através do Pecém. Em breve, quando começarem a operar, o fluxo de saída e entrada de mercadorias será bem mais eficiente" disse Danilo Serpa, Presidente da Cearáportos. Além de elevarem o escoamento da produção de frutas e mercadorias brasileiras, os novos guindastes também oferecem uma operação mais eficiente aos armadores, que passam a considerar Pecém uma alternativa de ganho de escala para a importação, já que o porto opera sem restrições de navegabilidade, podendo receber as maiores embarcações do mundo. “A expectativa é que, com a expansão do Canal do Panamá, esses grandes navios sejam cada vez mais comuns em serviços que atendem a América Latina”, diz Arten.

Como reflexo dos novos equipamentos em operação, a APM Terminals Pecém espera incrementar os volumes em 20% neste ano, superando os 180,000 TEUs movimentados em 2015. Para isso, trabalhará na atração de novas linhas e no desempenho dos guindastes para assegurar que os índices de produtividade alcancem patamares de excelência global. “A eficiência de um terminal é um fator decisivo para os armadores definirem em qual porto irão operar. Por isso, selecionamos criteriosamente 34 operadores para participarem de 130 horas de treinamento nos guindastes. O objetivo é que a média de produtividade por equipamento seja de 26 MPH (movimentos por hora) em 2016 e exceda os 35 MPH no próximo ano”, explica Arten.

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