Os oceanos que banham a África do Sul são comumente associados à diversão e ao relaxamento, principalmente nesta época do ano, quando muitos sul-africanos aproveitam a costa em suas férias de verão.
Com a Operação Phakisa, uma iniciativa sul-africana de implantação de políticas e programas de forma rápida e efetiva, a África do Sul viabiliza a movimentação econômica do oceano. A operação trata de um dos impulsionadores de trabalho no Plano de Nove Pontos, que visa o crescimento da economia, por meio do fomento de novos investimentos.
Durante este período, muitas outras atividades estão ligadas aos oceanos do que apenas as atrações das férias, uma vez que eles têm o potencial de acrescentar mais de 30 bilhões de rand a economia sul-africana nos próximos quatro anos.
Iniciativas já foram implantadas em setores como transporte marítimo e fabricação, exploração de petróleo e gás offshore, aquicultura, desenvolvimento de pequenos portos e turismo costal e marítimo, responsáveis pela criação de diversos novos postos de trabalho.
Ações que passam a integrar
A economia marítima foi escolhida pela África do Sul por ser um setor que permanece largamente inexplorado. Com quase 4 mil km de costa, que não apenas inclui o continente africano, mas também as duas ilhas subantárticas Prince Edward e Marion, o país é cercado exclusivamente pelo gelado oceano Atlântico a oeste, o quente Oceano Índico a leste, e ao sul é banhado pelo Oceano Antártico, o que torna os mares únicos em termos de ecossistemas e biodiversidade.
Com a Operação Phakisa baseada no sucesso da metodologia Malásia "Grandes Resultados Rápidos", o país estimula a transformação econômica, tendo como base a participação do governo, trabalhadores, empresários, sociedade civil e acadêmicos que apontam oportunidades oferecidas pelos oceanos.
Além disso, o desenvolvimento da economia marítima faz parte do compromisso do governo em capacitar a África do Sul no combate contra a pobreza, desemprego e desigualdade.
A previsão é que nos próximos quatro anos sejam criados mais de 70 mil postos de trabalho, tornando a participação dos oceanos uma iniciativa capaz de impulsionar o PIB em mais de 30 bilhões de rand.
O financiamento realizado pelo governo deve garantir a criação de um ambiente favorável responsável por atrair investimentos do setor privado, gerando emprego para a população. Assim, a África do Sul também está comprometida em garantir a participação de jovens e mulheres e expandir o setor de pequenos negócios.
O trabalho começou com os projetos na Baía de Saldanha que constitui em um investimento de 9,2 bilhões de rand do setor público-privado. Já existe um compromisso para a produção de catamarãs em Porto Elizabeth, que irá desbloquear um investimento de 1,25 bilhão de rand em contratos durante os próximos cinco anos e criar cerca de 500 postos de trabalho.
Para expandir ainda mais oportunidades, reformulações em pequenos portos já foram iniciadas e vão seguir pelos próximos quatro anos. Essas atualizações irão impulsionar a economia local e oferecer maior número de emprego para as pessoas de pequenas cidades, que se tornarão ainda mais atrativas para investidores, destinos turísticos, além de aquicultura marítima e offshore.
A África do Sul tem potencial para expandir os setores de petróleo e gás e reunirá esforços para explorar todo seu potencial. Indústrias secundárias já surgiram, dentre elas a instalação de armazenamento de combustível Burgan no porto da Cidade do Cabo, que vai criar 150 empregos na construção civil, inicialmente, com um investimento de 650 bilhões de rand do setor privado. Além do investimento de US$50 milhões destinados às indústrias secundárias dentro do setor de petróleo em Coega.
Outros projetos estão sendo avaliados para expandir a indústria da aquicultura. Um Comitê de Autorizações Interdepartamentais está rastreando rapidamente aplicações de aquicultura para reduzir o tempo de processamento de 890 para 240 dias.
O governo está equilibrando as oportunidades econômicas oferecidas pelos oceanos engajado com proteção rigorosa da biodiversidade e dos recursos marinhos, comprometendo-se com os princípios do desenvolvimento sustentável.
A economia marítima, que inclui o turismo, também irá garantir que as áreas costeiras permaneçam uma escolha para as férias. As instalações recreativas serão atualizadas para incluir instalações de barcos, pesca recreativa e miniáreas de varejo dentro dos recintos de praia para atrair ainda mais turistas.