Nos primeiros dez meses deste ano, comparativamente ao mesmo período de 2014, o transporte por contêineres pela MRS cresceu 34% - saiu de um total de 42,6 mil TEUs (Twenty Foot Equivalent Unit, unidade padrão de contêiner) para 57 mil TEUs, respectivamente. Em alguns segmentos, esse crescimento revelou-se ainda mais expressivo. Produtos Automotivos, por exemplo, foi um setor que aumentou quase 50%: em termos de volumes de transporte conteinerizado, chegou em 2015 a 11.132 TEUs contra 7.449, no ano passado. Em relação às Bobinas de Alumínio, a companhia registrou uma expansão de 26,82% (1.078 TEUs em 2015 contra 850 TEUs, em 2014). O grande destaque, contudo, foi o segmento de Papel e Celulose, com um salto de 5.678 TEUs para 12.146 TEUs no comparativo entre os meses de janeiro a outubro de 2014 e 2015, o que corresponde a um aumento de 113,91%.
Foto: Divulgação MRS
“O crescimento do setor de Produtos Automotivos se deve, em grande medida, à ampliação das operações em terminais na região de Suzano e Sumaré. Esse segmento passa por um forte momento de redução de custos e a ferrovia é uma solução viável nesse sentido. Quanto a Papel e Celulose, o aumento está associado à maior participação do modal ferroviário no Porto de Santos com cargas que têm origem nas plantas de papel de Suzano e Limeira”, justifica Elisa Guimarães Figueiredo, gerente Comercial de Industrializados e Granéis da MRS. Ela continua: “Bobinas, lingotes e sucata de alumínio fazem parte do nosso amplo portfólio com a Novelis, maior produtora brasileira de produtos acabados de alumínio. Nossa parceria cresceu bastante em 2015, visto que a MRS participava dos transportes ferroviários com destino a cabotagem, e ampliou a participação na importação de insumos e exportação de produtos acabados”.
Duas novas linhas comerciais também têm revelado uma evolução comparativa bastante positiva para a companhia: Produtos Eletrônicos, com 8.868 TEUs no período, e Sucata Exportação, mercado que está bastante aquecido em 2015. O segmento de Produtos Químicos, por sua vez, revelou estabilidade (6.789 TEUs em 2015, contra 6.653 TEUs, em 2014). A gerente da MRS explica: “O transporte de eletrônicos, de alto valor agregado, se beneficia da ferrovia pelos baixos índices de roubos e acidentes. Em 2015 não tivemos sinistros no segmento de contêineres na ferrovia. É um segmento que não estávamos atuando, mas que ‘emplacou’ bem neste ano com uma forte ação a quatro mãos com nossos parceiros de cabotagem”. O transporte multimodal cabotagem-ferrovia, aliás, respondeu nesse período por praticamente a totalidade dos volumes de Bobinas de Alumínio e mais de um quarto dos volumes da linha de Produtos Automotivos da carteira da companhia.
O transporte ferroviário por contêineres tem apresentado um custo entre 15% e 20% abaixo dos praticados em soluções com base rodoviária (em termos gerais, os ganhos variam dependendo da distância e do desenho logístico global). Além disso, há a questão da confiabilidade, graças a baixos índices de acidentes operacionais e alta disponibilidade dos ativos – material rodante e malha são pontos fortes em que a MRS se destaca no cenário nacional; da previsibilidade, já que a companhia dispõe de um serviço expresso para trens de contêineres com datas e horários fixos para partidas e chegadas; e da segurança, com índices históricos praticamente nulos de roubo de cargas na malha da MRS.
Outro ponto extremamente favorável é a produtividade: o contêiner é a medida unitizadora da logística, que facilita as operações em portos, no Brasil e no mundo inteiro, e virtualmente qualquer carga pode ser transportada dentro das “caixas”. Elisa Figueiredo conclui: “Em tempos de crise, estamos emprestando uma competitividade decisiva para alguns setores – como mostram os números de janeiro a outubro deste ano. Além disso, acho importante destacar a diversificação dos nossos clientes e a sofisticação das cargas. Em 2015, já temos 34 novos clientes na carteira de transporte por contêineres”.