A TCP – empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, reuniu, no dia 26 de outubro, empresários que atuam na importação de fertilizantes agrícolas para a apresentação de um modelo de transporte desses materiais através de contêineres em substituição ao formato tradicional utilizado, por navios graneleiros. Na oportunidade os presentes também conheceram a estrutura e as operações do Terminal, que conta com alta disponibilidade para a atracação de navios em seus três berços.
De acordo com Juarez Moraes e Silva, diretor Superintendente e Comercial da TCP, o uso de contêineres em produtos da cadeia de valor do agronegócio é uma tendência mundial. “Assim como com a soja, que cada vez mais vem sendo conteinerizada para aproveitar os fretes de retorno, o mesmo movimento vem acontecendo no setor de fertilizantes”, destaca ele, acrescentando que entre os benefícios estão a maior previsibilidade de custos e de tempo de transporte.
O transporte de fertilizantes via navios graneleiros apresenta uma série de desafios que impactam a operação e os custos para importadores e exportadores. Além de estar sujeito às condições climáticas, este transporte não permite o rastreamento da carga e gera perdas no decorrer do processo, em razão de série de movimentações realizadas desde que a carga sai do exportador até chegar ao importador. “Com o uso de contêineres, o empresário não é afetado pelo clima, sua carga é 100% rastreada e as perdas são praticamente eliminadas, uma vez que o produto entra no contêiner e só sai dele quando chega ao destino final”, , afirma Moraes e Silva, acrescentando que, além disto, não há esperas para atracação, que em momentos de pico ultrapassa semanas, no caso dos navios graneleiros.
No caso dos fertilizantes, por exemplo, os contêineres que saem de Paranaguá com carnes congeladas (em especial frango e bovinos) com destino à Rússia – um dos maiores produtores mundiais de fertilizantes –, podem retornar com esses produtos voltados ao setor agrícola. “Com o frete de retorno, os contêineres, que voltariam vazios ao Brasil, são utilizados para o transporte destes produtos, garantindo ainda mais economia aos importadores”.
Atualmente pouco mais de 1% do total de fertilizantes importados pelo Brasil utiliza a solução por contêineres, o que demonstra um enorme potencial de crescimento. “A TCP já responde por 59% deste volume, o que representa 8 mil contêineres por ano. Nossa expectativa é chegar a 15 mil contêineres até 2017’, adianta o diretor da empresa.