Sexta, 26 Abril 2024

O plano de renovação da frota de vagões e locomotivas desenvolvido no ano passado pela  Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) e pela Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) está em processo de análise pelo Governo Federal. A expectativa é de que o programa, que prevê a substituição dos ativos rodantes que estão obsoletos por novos equipamentos, seja colocado em prática o mais breve possível para que a produtividade do setor, que fechou 2014 com um faturamento de R$ 5,6 bilhões, crescimento 24% superior ao ano anterior, continue em ascensão. 

O tema integra a programação de debates da NT Expo - 18ª Negócios nos Trilhos, que acontece de 3 a 5 de novembro, em São Paulo, que vai reunir instituições, autoridades e demais players do setor para discutir soluções e contribuir com o desenvolvimento do mercado metroferroviário nacional.    

De acordo com o presidente da Abifer, Vicente Abate, o período das eleições e a definição do ajuste fiscal arrefeceu as negociações e por este motivo, a proposta ainda não foi apurada.  "Fizemos todas as tentativas junto ao governo e o programa está em processo de avaliação. O assunto não está parado e sim sendo avaliado a melhor forma para aplicá-lo", explica Abate, ao aproveitar o momento para indicar que uma das soluções seria incluir o plano de renovação da frota dentro do Programa de Investimentos em Logística (PIL). 

No conjunto de investimentos previstos pelo Governo para a modernização da infraestrutura dos transportes, a ferrovia é o modal que receberá a maior fatia dos recursos, um total de R$ 86,4 bilhões, dividido da seguinte forma: R$ 16 bilhões para projetos de curto prazo, com duração de até três anos; R$ 30 bilhões para projetos de médio prazo, com duração de três a cinco anos; e R$ 40 bilhões para planos de longo prazo. Na avaliação do presidente da Abifer, o programa de renovação da frota entraria dentro dos R$ 16 bilhões previstos no PIL. 

De acordo com estatísticas da Abifer, dos 110 mil vagões da frota brasileira, 40 mil têm mais de 40 anos. Na mesma situação estão 1,4 mil das 3,2 mil locomotivas do País."Já que terá a ampliação de frota, porque não ter uma parcela para que pudesse ser destinada ao programa de renovação? Seria uma vertente daquilo que por mais de um ano foi definido, com vantagens nítidas para todos os participantes", indaga Abate ao citar entre os benefícios do Plano a constância na fabricação, linearidade de prazos, redução de custos em suprimentos e mão de obra e produtos mais modernos. Estas vantagens seriam repassadas às concessionárias, que além de ter mais produtividade com equipamentos inovadores, recolheria um custo menor.

Por parte do Governo, Abate relata que a vantagem seria o giro da economia com impostos e a geração de mão de obra, resultante da implantação do programa pela indústria que calcula a contratação de mais dois mil profissionais para atender a demanda. Além disso, o usuário final seria contemplado com a redução no frete. "Com todas estas vantagens não deveríamos perder esta oportunidade de transformar uma frota ineficiente em uma frota moderna, mais capaz e menos poluente. A constância de fabricação melhora a condição de compras em custos e preço de venda. Existem mecanismos do governo que podem incentivar as concessionárias. Isso vai dar um incentivo para a indústria, por isso esperamos que se torne realidade", justifica. 

Perspectiva - Na contramão da crise econômica, no ano passado a indústria ferroviária entregou  4,7 mil vagões de carga, o dobro do registrado em 2013; 374 carros de passageiros, um incremento de 70% em relação ao ano anterior, quando foram entregues 219 unidades; e 80 locomotivas, resultado que se manteve estável em 2014 comparado com os 12 meses anteriores. Para 2015, a Abifer projeta manter o mesmo ritmo de produção com a fabricação de quatro mil novos vagões, que apesar de parecer um número menor relacionado a 2014, Abate esclarece que está acima da média da última década, quando foram produzidas cerca de três mil unidades anuais. A estimativa da associação ainda aponta para a fabricação de 90 locomotivas e 420 carros de passageiros. "Esperamos algo em torno de R$ 6 bilhões, um faturamento de 5 a 10% maior que 2014", finaliza Abate. 

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