Uma comitiva chinesa da província de Shanxi e representantes do complexo siderúrgico Tisco e da fabricante de máquinas pesada TZ estiveram, na última semana, na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) com o objetivo de ampliar as trocas comerciais com o estado. A China é o segundo destino das exportações catarinenses, somando, em 2014, um total de US$ 978,7 milhões. A China é o principal parceiro de quem Santa Catarina importa produtos, que totalizou, no ano passado, US$ 5,21 bilhões. Entre os fatores que favorecem a prioridade para Santa Catarina está a avaliação da excelente infraestrutura portuária do estado.
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O complexo siderúrgico Tisco e a fabricante de máquinas pesadas TZ participaram da delegação pelo interesse em abrir mercado no Brasil para os segmentos químico, transporte, energia (em especial o carvão) e petróleo. O vice-governador da província, Yixin Wang, acrescentou que entre as principais áreas de interesse estão saneamento, educação e cultura, estabelecendo convênios entre universidades. Pretende ainda ampliar o comércio bilateral e novos investimentos, especialmente em energia solar e eólica, para as quais apresentam tecnologia avançada para geração e distribuição.
A Fiesc realiza, anualmente, três missões empresariais de SC à China, para participação em feiras que visam ampliar as relações comerciais. No entanto, o presidente da entidade empresarial, Glauco José Côrte, defendeu o equilíbrio na balança comercial, destacando oportunidades nos segmentos de transporte e energia.
“Já exportamos para China itens como carne de frango, soja e motores, mas precisamos incrementar. Recebemos com muito otimismo a visita e a possibilidade de estabelecer parceria”, disse Côrte. Na sua opinião, o carvão ficou esquecido por um período em função de questões ambientais, mas voltou à matriz energética com possibilidade de investimentos com a gaseificação do carvão. “Todo gás que o Sul consome é importado da Bolívia, mas não podemos ficar nessa dependência”, afirmou. Na área de infraestrutura de transportes, Côrte falou que o Brasil está retomando os investimentos em ferrovia, que passou a ser essencial para a redução dos custos de transporte.
Santa Catarina é a sexta economia brasileira e o quarto Estado mais industrializado do País, com mais de 50 mil indústrias e 800 mil trabalhadores no setor. Há uma diversificação do segmento industrial, formado por setores como alimentos, móveis, cerâmico, metalmecânico, embarcações e aviões de pequeno porte e carros, instalados em diferentes regiões do estado.