Sexta, 22 Novembro 2024

Ela está somente há dois anos trabalhando no Terminal para Contêineres da Margem Direita (Tecondi), mas a coordenadora de marketing da empresa garante que ela é muito querida no terminal. Cuidar de quase 650 funcionários e colaboradores é tarefa que exige uma certa habilidade, ainda mais se o assunto for segurança. 

 

A engenheira de Segurança do Trabalho, Silvia Helena Vicente, 49 anos, é competente no assunto. Reduziu em quase 50% o número de acidentes entre o primeiro quadrimestre de 2005 e o mesmo período de 2006 no Tecondi. O resultado é efeito de um trabalho baseado no treinamento e aumento da consciência dos funcionários, especialmente dos quase 400 da área operacional.

 

Este contingente, totalmente masculino, não a assusta. “A postura da gente acaba sendo exclusivamente profissional o que faz com que eles respeitem o meu trabalho. Quando estou no meio, esqueço que sou mulher”.

 

Isso não significa dizer que a vaidade fica de lado, pelo contrário. Uma rápida observada e logo se percebe que Silvia cuida da beleza. Mas, garante que não usa disso para exigir algo ou chamar a atenção. A tática é outra.

 

Educação e respeito ao trabalhador são fundamentais na rotina da engenheira. Uma boa dose da paciência também não falta. Existem certos atributos que as mulheres têm e nem devem pensar em se livrar. A delicadeza é um deles.

 

D. Silvia, como é chamada na área, fala satisfeita do perfil encontrado nos colaboradores nos dias de hoje. Filha e neta de estivadores, ela conta que perdeu o avô num acidente de trabalho e que por algumas vezes viu seu pai chegando de ambulância em casa, vítima de acidente. “O grau de conscientização do trabalhador avulso mudou muito. Hoje é completamente diferente, as pessoas recebem mais atenção e têm mais diálogo. Não adianta chegar com o chicotinho na mão. Temos que ser aliados”.

 

Talvez a chave do sucesso esteja aí. Prioridade no treinamento preventivo e autonomia delegada. A política de segurança do Tecondi prioriza programas intensivos de treinamento, desde a admissão do funcionário até os de manutenção. É realmente um trabalho educativo, de mudança de paradigma. “A gente quer que cada um sinta que é responsável pela sua segurança e pela do outro”.

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