Quinta, 18 Abril 2024

A publicação de Portogente mostrando que a diretoria da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) não está muito preocupada com a reestruturação dos cargos e realinhamento salarial de seus funcionários desencadeou em uma série de manifestações de todo o Brasil. Concursados e contratados de companhias docas utilizaram o site para reclamar do descaso das Autoridades Portuárias e da Secretaria de Portos (SEP). Empresários também lamentam o atual panorama do sistema portuário, apontando a insegurança jurídica e a vagarosidade nos investimentos como principais entraves para o desenvolvimento do setor.

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Entre os descontentes, alguns optaram por se identificar, mas a maioria prefere o anonimato para evitar possíveis represálias. Ao contrário da impressão de modernidade e gestão técnica anunciada pelo primeiro ministro da SEP, Pedro Brito – hoje diretor da Antaq -, o que prevalece na maior parte dos portos públicos brasileiros são atitudes que lembram o coronelismo.

Portuários do Espírito Santos e do Pará “desceram a lenha” nas diretorias das companhias docas locais. No entanto, sobrou também para a representação nacional da categoria. “Onde está a Federação Nacional dos Portuários (FNP)?”, perguntam. O presidente Eduardo Guterra já foi mais combativo e empenhado em lutar pelas principais causas dos funcionários das companhias docas. Faltam liderança e unidade para que as reivindicações ganhem força. Outra constatação a que chegamos pelos e-mails recebidos e comentários publicados no Portogente é que cada grupo de funcionários está preocupado com as próprias causas, pouco ligando para a situação dos outros companheiros.

Situação parecida ocorre no meio empresarial. Há uma grande queda de braço sobre a questão da carga própria movimentada em terminais privativos de uso misto. Os grupos responsáveis pelos terminais “puxam a sardinha” de acordo com seus interesses e objetivos comerciais. O objetivo geral, é claro: o de evitar os princípios reguladores dos serviços públicos concedidos, e eliminar exigências de trabalhar de acordo com normas do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) e do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo).

Para finalizar a lista de alvos, não podemos deixar de citar o PSB. O partido que comanda a Secretaria de Portos (SEP), por meio do lacônico ministro Leônidas Cristino, tornou mais política do que nunca a indicação de diretores para as companhias docas, ao contrário de seu discurso oficial. Todas as semanas, funcionários das docas do Rio de Janeiro (CDRJ) e do Pará (CDP) lamentam a ineficiência e a arrogância de seus superiores.

Será que o pacote de investimentos e concessões de portos irá reverter todo esse panorama ou será apenas uma resposta política aos anseios de alguns grupos com força junto ao Governo Federal?

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