A movimentação de grandes equipamentos sempre chama atenção por onde passa. Foi o que aconteceu no transporte de grandes geradores eólicos do Porto do Rio Grande, no Rio Grande do Sul, até Novo Hamburgo. Os geradores vieram de Busan, na Coréia do Sul, e são máquinas capazes de transformar a energia cinética dos ventos em energia elétrica.
Foto: Fiorde
Grandes equipamentos exigem boa capacidadede mobilização
Segundo o vice-presidente da Fiorde, empresa responsável pela logística da carga, engenheiro eletrônico Mauro Lourenço Dias, o descarregamento e o transporte das peças exigiram o estabelecimento de um esquema logístico prévio no período noturno para evitar problemas no trânsito. “Numa primeira etapa, chegaram três geradores eólicos e, em seguida, mais quatro, exigindo a colaboração estreita das autoridades responsáveis pelo trânsito em rodovias e na zona urbana, com a participação de batedores”, explicou.
Professor de pós-graduação em Transporte e Logística da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Dias explicou que a energia cinética é convertida em energia mecânica rotacional pela turbina eólica. “Essa energia mecânica é transmitida pelo eixo por meio de uma caixa de engrenagens ou diretamente ao gerador, que realiza a conversão eletro-mecânica, produzindo energia elétrica”.
O engenheiro acrescentou que a energia elétrica gerada pode ser injetada diretamente na rede elétrica convencional (normalmente aerogeradores de grande porte) ou utilizada em sistemas isolados – eletrificação rural (geralmente aerogeradores de pequeno porte). “Trata-se de uma energia que oferece sustentabilidade, pois é limpa e barata e, em breve, passará à frente da energia nuclear no mundo”, previu.