O dia 11 de julho, próxima quarta-feira, marcará o ápice das obras de Maasvlakte 2, ampliação do Porto de Roterdã, na Holanda. A magnitude da construção tem chamado a atenção de todo o planeta para a costa holandesa. Uma brecha de 11 quilômetros no quebra-mar holandês será completamente fechada para as obras, que estão dentro do orçamento e do prazo previsto. Trata-se de um dos maiores fechamentos de terra desde o fechamento da barragem Philips há 25 anos.
Foto: Aeroview (Holanda)/Autoridade Portuária de Roterdã
Diversas obras estão sendo realizadas para conectar as
construções às áreas portuárias já existentes em Roterdã
A Autoridade Portuária, o consórcio construtor PUMA (que une as companhias Boskalis e Van Oord) e outros contratantes estão gerenciando a obra de maneira a manter os custos da primeira fase dentro do valor estimado de € 1,9 bilhões (R$ 4,75 bi). O investimento total – estimado em 2006 - de Maasvlakte 2 é de € 2,9 bilhões (R$ 7,26 bi).
Até agora, cerca de 215 milhões de metros cúbicos de areia já foram espalhados (90% do total). Ao norte e noroeste fica o longo e duro quebra-mar de 3,5 km, finalizado em fevereiro de 2012, que consiste numa duna pedregosa e numa barragem de blocos. Para formar essa estrutura única na Holanda, 20 mil blocos de concreto do quebra-mar já existente de Maasvlakte foram reciclados.
O quebra-mar mole que fica do lado oeste e sudoeste tem 7,5 km de extensão e consiste numa praia com dunas que chegam a 14 metros de altura. No lado sul, a praia ficou 100 metros mais ampla, de modo que os banhistas têm uma praia bela e espaçosa quando a maré está boa. Aberta ao público durante o feriado de Pentecostes, há mais de 1.500 vagas de estacionamento e um edifício permanente para os salva-vidas no topo das dunas.
Fechamento
Desde o meio de junho, os reboques de dragagens de aspiração Prins der Nederlanden e Vox Máxima e a draga de sucção de corte Edax, pertencente ao consórcio PUMA, estão transportando os últimos 10 milhões de metros cúbicos de areia para o pedaço que falta do quebra-mar, fazendo a ligação entre os dois lados - as dunas areiosas e as rochosas.
Imagem: http://www.maasvlakte2.com
Projeto de Maasvlakte prevê várias ligações ferroviárias,
modal muito utilizado na Europa
No dia 31 de março deste ano, houve um fechamento teste da barragem de compartimentação, que fecha parte do lago interno de Maasvlakte 2 (futuro Alexiahaven). Isso reduz o fluxo na brecha, tornando o fechamento mais fácil. Depois, essa barragem temporária será reaberta. O principal fator que deve ser levado em conta com o fechamento é a perda de areia devido à erosão, que é o resultado da diferença entre as marés. O departamento de engenharia da PUMA está usando vários modelos matemáticos para calcular a perda de areia estimada.