O senador Cristovam Buarque, do PDT de Brasília, fez um discurso, no Senado, nesta segunda-feira (8), sobre a economia atual do mundo. “As notícias que a gente vê nesses dias são inquietantes em relação ao mundo e em relação ao Brasil. Estamos vendo a exaustão de diversos aspectos da economia”.
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Senador do PDT diz que a economia mundial chegou à exaustão
Buarque avalia que, no Brasil, a exaustão se dá até na Bolsa de Valores. Para ele, exauriu, cansou a maneira com que as empresas estavam ganhando rentabilidade nas bolsas. Da mesma forma, destaca, há uma exaustão fiscal no mundo inteiro, "os estados não têm como arrecadar mais dinheiro nem se endividar”.
A exaustão, argumenta o senador pedetista, teria alcançado, também, o meio ambiente com o crescimento da desertificação e o derretimento das geleiras. “A natureza está cansada".
Segundo o senador, essa exaustão tem a ver com o conceito de riqueza. Cristovam Buarque disse que muitos jovens não se sentem mais "tão ricos como os seus pais". Para o parlamentar, o conceito de pobreza evoluiu para além da falta de alimento e, muitas vezes, é entendida como não ter apartamento maior, não trocar o carro ou não viajar para o exterior. “Precisamos redefinir riqueza ao invés de redefinir pobreza”.
O senador lembrou que, na Grécia antiga, o homem rico era o homem culto e, na idade média, rico era aquele que ia para o céu. Cristovam Buarque afirmou que o conceito atual de riqueza, "de consumir muito", veio depois da Revolução Industrial. Em sua opinião, é preciso encontrar alternativa para ao conceito de riqueza.
Cristovam citou como possíveis opções para um novo conceito de riqueza o combate à corrupção e a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, afirmando que seria uma grande riqueza ter mais quatro horas livres na semana. Cristovam também pediu uma redefinição do conceito de Produto Interno Bruto (PIB).