Sábado, 23 Novembro 2024

O vice-presidente da Câmara Brasileira de Contêineres (CBC), Washington Soares, criticou a demora brasileira para colocar em prática conceitos que valorizem no dia a dia a sustentabilidade no transporte de cargas. De acordo com o especialista, que também é professor de Gestão Portuária da Universidade Santa Cecília, em Santos, o Brasil está pelo menos 15 anos atrasado quando assunto é sustentabilidade.

 

“Aqui no Brasil, e até como exemplo clássico disso temos o Porto de Santos, que é o maior da América Latina, nós somos obrigados a conviver com descaso, falta de investimentos e de incentivos fiscais e a já conhecida cultura rodoviarista. É preciso fomentar a multimodalidade através das ferrovias e também da cabotagem para se ter a chamada ecoeficiência no transporte de volumes. É preciso rever processos para que possamos pensar em ter portos, verdadeiramente, sustentáveis.”

 

Washington explica que enquanto o Brasil perde tempo ao convencer empresários sobre a importância de se investir em modais menos poluentes (como hidrovias e o transporte por cabotagem), na Europa e no Japão a troca modal já é assunto do passado e o tema central das discussões sobre sustentabilidade no transporte de cargas está voltado às inovações tecnológicas.

 

Ele esteve mês passado em Nevada, nos Estados Unidos, para participar da conferência POMS 2011, que discutiu a cadeia de produção, operações de cargas e a gestão da cadeia de suprimentos e logística. E percebeu que a realidade no exterior está muito diferente da nossa.

 

“Lá fora, o tema central das discussões sobre sustentabilidade no deslocamento de cargas está voltado à inovação tecnológica, mudanças de processos e como fazer com que modais poucos poluentes, como as ferrovias, sejam ainda mais eficientes. Aqui, não há sequer a análise do transporte e do modal a ser utilizado. Isso precisa mudar.”

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