Se tudo é prioritário, nada é prioritário.
A defasagem dos investimentos nos portos brasileiros faz com que tudo seja prioritário. Mas o que é mais prioritário?
Os portos não são fins em si mesmo, mas meio de um processo logístico envolvendo o transporte hidroviário, principalmente o marítimo e o comércio exterior.
Há necessidades urgentes e estratégicas. O urgente não pode superar o importante.
Do ponto de vista estratégico, duas seriam as maiores prioridades: a) equacionar a partição entre o investimento público e o privado e b) hierarquizar os portos, definido os "hubs".
O governo anterior não resolveu essas duas questões, deixando aberto os confrontos. O novo governo terá que dar uma decisão efetiva, sem o que os investimentos serão parcos, em função da insegurança jurídica.
A questão do "hub" envolve uma disputa regional, envolvendo o Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.
Santos manterá a supremacia entre os portos brasileiros?
Santos é ainda o principal porto brasileiro, mas poderá perder essa posição em função dos investimentos que vem sendo feitos nos demais portos.
Uma questão crítica que precisa ser adequadamente considerada é das vantagens fiscais dadas às importações, pelos Estados o que vem distorcendo sobremaneira a movimentação portuária.
O "hub" deverá conjugar as condições físicas do porto, principalmente o seu calado, a superestrutura, a posição logística e o sistema tributário.
A "guerra" atual não favorece o Brasil.
Leia mais no blog Inteligência Estratégica, de Jorge Hori