Sexta, 26 Abril 2024

A indústria naval brasileira teve um grande crescimento nos últimos anos. Segundo dados divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), no período de 2000 a 2009, os 37 estaleiros associados entregaram 168 navios, no valor de R$ 8,9 bilhões. Já o número de empregos passou de duas mil pessoas, no ano de 2000, para 46 mil em 2010. Para comentar o assunto, PortoGente conversou com Luiz Felipe Assis, doutor em Engenharia Oceânica, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor técnico da Sociedade Brasileira de Engenharia Naval.

PortoGente – A partir do pré-sal, a indústria naval pode se tornar um segmento forte no País?
Luiz Felipe Assis
- A demanda colocada pelo pré-sal é muito importante e pode permitir que a indústria se estabeleça em bases competitivas. Para isso, é importante buscar competitividade que garanta a sustentabilidade em longo prazo. A indústria de construção naval brasileira ganhou uma segunda chance de se colocar como um player importante no setor, mas o caminho é longo. É importante observar que a competitividade da construção naval brasileira dedicada à construção de navios de grande porte depende de investimento em tecnologia, no sentido de dotá-la de níveis de eficiência similares aos principais estaleiros da Ásia e da Europa. Um dos problemas ligados à crise ocorrida no setor naval diz respeito à falta de investimento em pesquisa e desenvolvimento de forma a apoiar o desenvolvimento da indústria.

PortoGente - O setor pode impulsionar outros segmentos da economia?
Luiz Felipe Assis
- Este é um setor importante para um desenvolvimento da infraestrutura industrial do País. Também impulsiona o desenvolvimento das indústrias acessórias, como a de navipeças.

PortoGente - O mercado mundial pode fazer encomendas para os nossos estaleiros?
Luiz Felipe Assis
- Já existem algumas encomendas de armadores estrangeiros, mas a indústria nacional, hoje, depende plenamente do mercado doméstico para se desenvolver. É necessário que a indústria brasileira caminhe no sentido de competir em prazo e custo, nos nichos em que a mesma se mostrar competitiva.

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