APS prorroga por 90 dias o desconto para “navios verdes” e reforça estratégia de combate ao risco climático

A Autoridade Portuária Santos (APS), responsável pela infraestrutura pública do Porto de Santos, prorrogou novamente, por mais 90 dias, o desconto nas tarifas cobradas dos chamados “navios verdes”, embarcações com menor emissão de poluentes.
Os descontos são concedidos a navios com cadastro e pontuação positiva no Índice Ambiental de Navios (Environmental Ship Index – ESI), da IMO, e podem chegar a até 15%. Eles se aplicam ao uso das infraestruturas de acesso aquaviário, cobradas por tonelagem de porte bruto.
A iniciativa faz parte do compromisso do Porto de Santos com as metas globais do Acordo de Paris. Desde 2023, os descontos tarifários concedidos a embarcações e terminais sustentáveis já ultrapassam R$ 40,6 milhões. Apenas em 2025, o montante chega a R$ 16,8 milhões.
Alavancas para um futuro sustentável
Para viabilizar a descarbonização, os portos devem atuar em três frentes essenciais:
- Eficiência logística
- Biocombustíveis
- Energia elétrica renovável
Em outubro, a APS firmou contrato com a Fundação Valenciaport para a elaboração do Plano de Descarbonização e do Plano Diretor Energético (PDE). Os estudos serão entregues em 22 meses.
Objetivos dos planos
O Plano de Descarbonização definirá metas para descarbonizar operações de todo o complexo portuário da Baixada Santista, incluindo terminais, navios e modais rodoviário e ferroviário.
O Plano Diretor Energético (PDE) mapeará ações para a transição da energia de combustíveis fósseis para fontes limpas.
Desde 2024, o Porto de Santos desenvolve um projeto pioneiro de eletrificação do cais, abastecendo cerca de 20 rebocadores com energia limpa gerada pela Usina Hidrelétrica de Itatinga. A repotencialização da usina poderá permitir a produção de hidrogênio verde.
A eficiência logística também avança com soluções do Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos (PIT), que reduzem o tempo de espera de caminhões e navios, diminuindo emissões.
Desde 2021, a APS elabora seu inventário de emissões seguindo a metodologia do GHG Protocol, homologada pela Cetesb, garantindo rigor científico na gestão de gases de efeito estufa.








