Terminal também ascendeu para o segundo lugar no ranking nacional
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A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, foi, pelo segundo ano consecutivo, o terminal portuário da Região Sul que mais movimentou contêineres no primeiro trimestre. O dado, disponível na mais recente atualização do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), também aponta o avanço da TCP para o segundo lugar no ranking nacional entre as empresas portuárias na movimentação de contêineres.
Segundo a ANTAQ, somando operações de exportação, importação e transbordo, a TCP atingiu a marca de 372.446 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentados, recorde para o primeiro trimestre e que representa um crescimento de 5,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
"A liderança nos dois últimos anos é reflexo direto dos investimentos e soluções implementadas nesse período e que tornam o Terminal de Contêineres de Paranaguá a principal referência em gestão portuária. Entre os terminais brasileiros, a TCP possui hoje o maior parque de máquinas, é líder no número de serviços marítimos, e conta com o maior pátio para armazenagem de contêineres refrigerados da América do Sul, com 5.268 tomadas, número que já é superior à projeção de investimentos de outros terminais neste segmento", destaca Rafael Stein, gerente institucional e jurídico da TCP.
O bom resultado vem na esteira de um 2024 que encerrou com uma movimentação recorde de 1.556.453 TEUs, volume que posicionou a TCP como o terceiro terminal portuário no Brasil a ultrapassar a marca de 1,5 milhão de TEUs ao longo de um ano.
Líder na exportação de carnes e congelados
No primeiro trimestre de 2025, a TCP alcançou um volume sem precedentes na movimentação de contêineres refrigerados (reefer): foram 35.809 unidades, alta de 17% para o período, conferindo uma participação de mercado de 40,3% no segmento de carnes e congelados. Apenas no mês de março, o Terminal registrou a movimentação de 13.890 contêineres reefer, número 14% superior ao recorde anterior de 12.204 unidades, registrado em junho de 2024.
Mais de R$ 300 milhões em investimentos
Os sucessivos recordes operacionais e de movimentação atingidos nos últimos anos são reflexo direto do planejamento estratégico de investimentos de longo prazo do Terminal. Entre 2022 e 2024, a TCP executou um pacote de mais de R$ 370 milhões em obras de modernização, ampliação de infraestrutura e compra de maquinário.
Com a aquisição de 11 novos guindastes pórticos sobre pneus (RTG) e 17 tratores de terminal (TT), a TCP passou a contar com 39 RTGs e 69 TT em sua frota, a maior entre os terminais portuários do país.
A modernização do Gate, vias de acesso rodoviário ao pátio de operações, trouxe melhorias nos sistemas de balanças, monitoramento, segurança, e automação no processo de entrada e saída de caminhões. A conclusão da obra, em abril de 2024, resultou em um aumento de 200% na capacidade de acesso de veículos, que subiu de 50 para 150 agendamentos por hora.
O principal destaque entre os investimentos realizados pelo Terminal foi a megaobra de ampliação em 45% da área para armazenagem de contêineres refrigerados (reefer), que passou de 3.624 para 5.268 tomadas, tornando a TCP o terminal portuário com o maior pátio reefer da América do Sul.
O investimento em energias renováveis e descarbonização das operações também fez parte do plano estratégico do Terminal: três dos 39 RTGs foram eletrificados como parte de um projeto piloto que deve ser ampliado em breve. Com a conversão dos guindastes de grupos geradores a diesel para modelos elétricos, houve uma redução de 97% nas emissões de gás carbônico nas operações de cada equipamento.
Antecipando o aumento da demanda de energia elétrica por conta da ampliação do pátio reefer e da eletrificação de equipamentos, a TCP também investiu na construção de uma nova subestação de energia elétrica, isolada a gás, de última geração. Instalada dentro do pátio de operações do Terminal, a subestação, modelo GIS F35-4, fabricada pela General Electric (GE), foi concluída em 2023, eliminando completamente o gargalo da restrição da cota de eletricidade, estabelecendo uma base sólida para a ampliação do número de tomadas do pátio reefer, a eletrificação de todos os RTGs e a aquisição de STSs adicionais no cais.
Conectando Paranaguá ao mundo
A TCP chega a 2025 com o maior portfólio de linhas marítimas entre os terminais brasileiros, somando 24 serviços semanais entre longo curso e cabotagem. O reflexo já pode ser observado em 2024, quando a TCP encerrou o ano registrando a atracação de 992 navios, alta de 19% frente a 2023.
Além do grande fluxo de porta-contêineres, a expectativa para 2025 é de aumento na movimentação de contêineres por conta do aumento de calado – profundidade entre a parte mais baixa de uma embarcação até a linha da água – que passou de 12,10 metros para 12,80 metros a maré zero. Com 70 centímetros adicionais de profundidade, navios que atracam e partem do cais da TCP podem transportar 560 TEUs adicionais por viagem.
O aumento do calado operacional aconteceu após a conclusão das obras de derrocagem submarina de uma parcela das Pedras Palanganas, localizada na região do Canal de Acesso ao Porto. Aproximadamente 20 mil metros cúbicos de rochas foram removidas do leito marinho, e, posteriormente, fragmentadas e doadas aos municípios do litoral paranaense, que recebem o material para ser usado em obras de interesse público, como a pavimentação de vias para tráfego de veículos e pedestres.
Rafael Stein Santos ressalta que "a conclusão da obra de derrocagem e o resultado obtido mostram o comprometimento da autoridade portuária, da autoridade marítima e da praticagem, com o setor e com a região. O aprofundamento do canal de acesso ainda deverá ser ampliado com o projeto de concessão do canal e será um catalisador para a economia local, pois, com o ganho de capacidade operacional, todas as atividades econômicas que estão conectadas com o porto, de forma direta ou indireta, deverão crescer".