Parceria entre Hidrovias do Brasil e Unicamp busca contribuir para a transformação do segmento. Hackathon gerou 18 ideias, que estão serão avaliadas para implantação na empresa.
Imagem: Forbes Brasil
Oxigenar e trazer novas ideias para o ambiente corporativo. Eis, em síntese, o objetivo geral de um Hackathon para a empresa que o organiza. Com esse alvo em mente, a Hidrovias do Brasil, em parceria com o curso de Engenharia de Transportes da Unicamp, realizaram, no final do ano passado, o Hackathon Criando Soluções Inovadoras, de forma a contribuir para a transformação do setor de transportes e logística hidroviária.
As três equipes finalistas foram contempladas com uma premiação em dinheiro, uma visita guiada ao Porto de Santos e um programa de mentoria de carreira. Além disso, três alunos tiveram a oportunidade de participar de um estágio remunerado de verão na Hidrovias do Brasil. Um dos estudantes selecionados é Luiz Ferranda, que trabalhou no apoio em uma metodologia para mensurar a eficiência dos controles ambientais da operação com o time de sustentabilidade. De acordo com ele, eventos que buscam soluções fora da caixa são interessantes também para quem ainda frequenta o mundo acadêmico: “Trata-se de uma experiência desafiadora porque precisamos solucionar problemas reais, fora do controle do ambiente acadêmico. Foi enriquecedor, principalmente para a equipe. E o estágio permite que possamos colocar em prática toda a nossa bagagem de estudos. Entender como é estar dentro de uma empresa foi algo único”, pontua.
Foram avaliados os seguintes critérios: Inovação, viabilidade técnica, impacto e apresentação. “O Hackathon permitiu que os alunos aplicassem seus conhecimentos em desafios reais do setor, desenvolvendo soluções inovadoras e viáveis. Essa conexão entre academia e indústria é fundamental para formar profissionais mais preparados no setor”, avalia o Prof. Dr. Felippe Benavente Canteras, Coordenador do Curso de Engenharia de Transportes.
Durante o desenvolvimento dos trabalhos, os alunos tiveram acesso a workshops, encontros e palestras semanais organizados pela Hidrovias do Brasil. Profissionais da companhia discutiram com os estudantes as questões técnicas, compartilhando insights do setor e orientando-os na resolução dos desafios. “Nossa empresa está investindo na formação de futuros profissionais do setor de logística. A iniciativa buscou aplicar, na prática, conhecimentos acadêmicos e desenvolver habilidades profissionais nas áreas de logística e operação hidroviária, tecnologia e sustentabilidade, nossos principais gargalos”, explica Mariana Yoshioka, Diretora de Engenharia e Inovação da Hidrovias do Brasil.
A implantação de hackathons tem crescido no país, como forma de incentivo à inovação disruptiva. É o que mostram dados da plataforma 100 Open Startups. De acordo com o levantamento, entre 2016 e 2020, o número de eventos similares ao Criando Soluções Inovadoras cresceu quase 20 vezes.
Sobre a Hidrovias do Brasil: A Hidrovias do Brasil é uma empresa de soluções logísticas integradas com foco no transporte hidroviário na América do Sul e atua com quatro operações logísticas diferentes. No Norte (Itaituba-Barcarena, Pará), a empresa oferece uma alternativa logística para o transporte e escoamento de grãos originados principalmente da região Centro-Oeste do Brasil e destinados para exportação, sendo líder na região, com capacidade de movimentar 7,2 milhões de toneladas por ano. A companhia também opera nesta região com cabotagem, com capacidade para movimentação de 6 milhões de toneladas de bauxita por ano. Já no Sul, a empresa opera na Hidrovia Paraguai-Paraná, com capacidade de movimentar quase 6 milhões de toneladas por ano de cargas diversas, como grãos originados no Paraguai e destinados para exportação, minério de ferro originados em Corumbá e destinados para abastecer a indústria Argentina e exportação, além de fertilizantes, celulose, entre outras. A Companhia também é arrendatária da área STS20 do Porto de Santos, destinada para recebimento, armazenamento e expedição de sal e fertilizantes, podendo chegar a uma capacidade de até 2,5 milhões de toneladas por ano.