Quinta, 21 Novembro 2024

O píer privado da Cattalini Terminais Marítimos recebeu na última semana o navio Stena Pro Patria, com um importante exemplo de sustentabilidade. Vindo de Trinidad e Tobago, o navio se destaca por utilizar o metanol como combustível, tendência que está tomando espaço na área marítima em substituição ao óleo combustível (derivado do petróleo), atualmente utilizado por 95% dos navios comerciais do mundo.

Callini metanolNavio abastecido por metanol. Crédito: Callini | Divulgação.

Um dos principais benefícios do metanol como combustível marítimo é seu perfil de baixas emissões. Em comparação aos combustíveis marítimos tradicionais, o metanol elimina dióxido de enxofre (SOx), óxido de nitrogênio (NOx) e reduz a emissão de material particulado em até 80%. O Stena Pro Patria faz parte de uma frota composta por seis navios da joint venture entre a Proman, produtora de Metanol, e a Stena Bulk. Essa frota é considerada “estado da arte” na utilização de metanol como combustível marítimo, deixando de emitir de cerca de 45.000 toneladas de CO2 por ano, o equivalente a emissão provocada por 9.782 carros no período.

Para Amanda Berger, Gerente de Produto da Helm do Brasil, empresa importadora do Metanol, a chegada do navio movido a metanol é motivo de comemoração. “É uma inovação no mercado brasileiro e esperamos continuar recebendo navios movidos à metanol na Cattalini. Vemos que os pilares das nossas empresas estão muito bem alinhados, principalmente sobre o tema sustentabilidade. A Cattalini nos oferece um serviço de excelência, um exemplo para terminais do Brasil”, declarou Berger.

A parceria comercial instituída entre a Helm do Brasil, Valenz (fornecedora do Metanol) e a Cattalini Terminais existe há 8 anos e, segundo Sérgio Melchert, Diretor de Químicos da Helm, está consolidada em valores que ambos compartilham, como segurança e respeito ao meio ambiente.

“Como Paranaguá é o principal porto de operação de metanol no país, a excelência na prestação de serviços da Cattalini foi primordial para nosso sucesso. Desta forma, para marcar este momento, quando recebemos nosso primeiro navio flex não teria melhor local que a Cattalini para fazermos este evento, reforçando ainda mais nossa relação e registrando o compromisso de nossas empresas com o meio ambiente”, avaliou.

Com 186 metros de comprimento, o Stena Pro Patria atracou no berço externo do píer da Cattalini para descarregar 27,4 mil toneladas de metanol, destinadas ao Centro de Tancagem 4, onde a capacidade estática é de 200 mil m³. A Cattalini se destaca como o terminal brasileiro com maior participação na importação de metanol no país.

“Prezamos pelo pleno atendimento às demandas dos clientes, com foco na segurança e eficiência das operações. Esta postura, aliada a fortes investimentos em inovação e infraestrutura, consolida nossa credibilidade, e nos faz ser referência nos mercados nacional e internacional”, destacou Bruno Marcel Santos, gerente de logística da Cattalini Terminais.

Com 24 membros em sua tripulação, o Stena Pro Patria partiu de Paranaguá no sábado (24), com destino aos Portos de Santos, Rio Grande e Aratu. A qualidade das operações no píer privado da Cattalini foi destacada pelo comandante do navio, Mr. Laimonis Baldins. “Estou muito feliz em poder estar aqui com a minha tripulação, neste momento, com esse navio que representa o futuro do transporte marítimo. As atividades foram todas em ordem e executadas por pessoas muito profissionais”, comentou.

Saiba mais
A indústria naval global é responsável por aproximadamente 3% de todas as emissões globais de gases de efeito estufa (1). Com cerca de 60.000 embarcações atualmente queimando óleo combustível marítimo de alta emissão, a transição para combustíveis mais limpos vem se tornando essencial.

As propriedades de queima limpa do metanol e as vantagens práticas como combustível o tornam uma alternativa atraente aos combustíveis marítimos tradicionais. O Metanol está amplamente disponível, é biodegradável e cada vez mais produzido por fontes renováveis. Como todos os tipos de metanol podem ser misturados, isso cria um
caminho altamente viável para um futuro de transporte marítimo sustentável.

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