A adoção de equipamentos e softwares de segurança física e cibernética mais modernos, além de sua unificação com os sistemas de gestão já existentes nos portos.
O transporte marítimo é a espinha dorsal da economia global. Na verdade, aproximadamente 90% de todos os bens comercializados e seus componentes são transportados por navio e essa demanda por frete global só deve aumentar. Segundo a OCDE, os volumes de comércio marítimo triplicarão até 2050. Diante de desafios logísticos cada vez mais complexos e ameaças físicas e cibernéticas em evolução, os portos marítimos sabem que precisam passar por uma transformação digital.
Acervo Portogente.
"Os operadores de salas de controle e gerentes de segurança portuária enfrentam muitos desafios hoje, desde o aumento de remessas de cargas e problemas logísticos globais até o crescimento dos crimes cibernéticos e ameaças à segurança internacional. São muitas questões a monitorar e gerenciar, o que deixa a equipe sobrecarregada, tornando a necessidade de novas tecnologias para ajudar a simplificar as operações diárias e dar suporte aos profissionais premente, porém existe o desafio de lidar com os poucos recursos para navegar com sucesso na digitalização, de forma eficiente e rápida", ressalta Alexandre Nastro, gerente de Vendas para as Verticais de Governo e Infraestrutura da Genetec Brasil.
Segundo ele, o fato é que à medida que a indústria portuária continua a crescer, os portos têm de buscar e estão se digitalizando para otimizar as operações atuais e reduzir a necessidade de investir em infraestrutura adicional para atender à demanda. "A ligação entre segurança portuária e operações é clara. Maior volume geralmente leva a tempos de espera mais longos, reduzindo a eficiência e aumentando os riscos associados à segurança e proteção. Os portos marítimos que dependem de sistemas analógicos isolados para suas necessidades de segurança geralmente se debatem para dar conta e continuar a usar sistemas separados pode piorar os acúmulos, gerando atrasos operacionais significativos e maior risco de violações de segurança, incluindo invasões de perímetro", explica Nastro.
As plataformas de segurança física unificadas construídas em uma arquitetura aberta fornecem aos operadores de salas de controle portuários e aos gerentes de segurança portuária as ferramentas que precisam para reduzir a complexidade e se concentrar nas ações de maior impacto para resolver os problemas quando surgirem. Conectar os diferentes sistemas em uma plataforma aberta, como o Genetec Security Center, também pode permitir que os portos adotem novas tecnologias, como mapas e rastreadores, que contribuem para operações eficientes.
Outro diferencial é que a implementação de uma plataforma aberta é vital para proteger os trabalhadores e a infraestrutura crítica, assim como para ajudar a gerenciar os riscos associados ao aumento de volume e congestionamento. "Ao associar essa plataforma aberta com cibersegurança ganhasse ainda mais eficiência, além de ajudar a manter os estivadores, marinheiros, caminhoneiros e outros trabalhadores seguros. Isso porque ao unificar sistemas e processos, a equipe portuária obtém uma visão completa dos locais e eventos, o que pode melhorar a segurança e as operações diárias. Um sistema de segurança física unificado fornece aos operadores uma visão holística, o que lhes permite identificar incidentes rapidamente, responder a eventos rapidamente e otimizar as operações", detalha Nastro.
Benefícios
De acordo com Nastro, além disso, um sistema de segurança unificado construído em um sistema de arquitetura aberta oferece maior flexibilidade para fazer upgrade e expandir o arsenal tecnológico à medida que as necessidades do porto evoluem, o que facilita a adição de licenças e módulos se for preciso sem se preocupar com problemas de compatibilidade.
Um benefício adicional é a capacidade de integrar fluxos de dados de terceiros, como tráfego, serviços públicos e feeds meteorológicos em uma solução de segurança, o que aumenta a agilidade, pois dados altamente específicos e relevantes podem ser adicionados à plataforma de forma rápida e fácil. "Quando os portos marítimos podem optar por apresentar informações contextualmente com mapas dinâmicos ou visualmente em painéis operacionais em relatórios investigativos ou em uma interface de monitoramento unificada, eles podem otimizar as informações para suas próprias necessidades específicas. Como resultado, os operadores de segurança receberão informações importantes e em tempo hábil que aprimoram suas respostas", ressalta o executivo da Genetec.
Da mesma forma, um sistema de arquitetura aberta oferece a mais ampla variedade de opções para sensores e outros hardwares. Ao integrar diferentes tecnologias de intrusão de perímetro em um sistema de segurança unificado, os portos marítimos podem obter visibilidade e controle ainda maiores, como, por exemplo, usar radar, LiDar, detecção de intrusão de cerca e analíticos de vídeo não apenas para detectar possíveis intrusos, mas também para manter as operações funcionando tranquilamente. Quando não se está preso a produtos de apenas um fabricante, tem-se a liberdade de selecionar as melhores tecnologias para atender às necessidades específicas.
"Em um mundo de crescente complexidade, ameaças à segurança, restrições de recursos e escassez de mão de obra, a transformação digital é a solução para ajudar os portos marítimos a enfrentar os desafios que enfrentamos hoje. Com uma solução de segurança de plataforma aberta e unificada, os portos podem proteger a infraestrutura, otimizar operações e reduzir custos operacionais — e a flexibilidade de uma solução de arquitetura aberta garante que poderão continuar a aproveitar as melhores tecnologias à medida que a indústria evolui", conclui Nastro.