Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), até 2030 podem ser gerados 18 milhões de empregos na área
Os problemas ambientais estão cada vez mais complexos e as mudanças climáticas já são uma das maiores preocupações da humanidade. Tanto é que ao fim da 27ª edição da Conferência do Clima da ONU (COP 27), realizada recentemente em Sharm El Sheikh, no Egito, os países participantes concordaram em criar um fundo para as consequências causadas pelos danos climáticos e outro para a reparação de perdas, especificamente voltado para os países mais vulneráveis.
As mudanças climáticas (aquecimento global e elevação da temperatura média global como resultado do acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera decorrentes da queima de combustíveis fósseis), estão mudando principalmente a realidade das empresas que têm adotado medidas de ESG (do inglês Environmental, Social and Corporate Governance e, em português, ambiental, social e governança) para um crescimento mais sustentável em todos os aspectos.
Por esses motivos, empregos verdes, que trazem impacto ambiental positivo em qualquer setor de atividade, também estão sendo criados e a conscientização de gestores sobre políticas de combate às mudanças climáticas tem sido cada vez mais importante. Em suma, as empresas que não abrirem espaço e recrutarem profissionais para trabalharem com pautas baseadas em boas práticas, ficarão para trás.
E não à toa, pois além do engajamento social e ambiental, os investimentos em ESG por parte de uma empresa, geram rentabilidade. De acordo com o Confiança e Impacto, um estudo da PwC, há uma taxa de crescimento anual composta de quase 27% para o fundos de ações ESG, com ativos praticamente quadruplicando até 2025 (para mais de 3,6 trilhões de euros), o que quer dizer que é possível ter retorno com um fundo Ambiental, Social e de Governança. São inúmeros os benefícios do ESG, inclusive, o mercado financeiro concede crédito mais barato para empresas que implementam essas práticas. E não só apenas as grandes corporações, que podem implementá-las, mas as pequenas e médias, não só podem como devem. Negócios de qualquer natureza produzem impactos sociais e ambientais.
“Temos que mudar não apenas a cabeça dos cidadãos, como também a maneira de se relacionarem e fazerem negócios nas empresas, o que envolve toda cadeia, ou seja, as partes interessadas e que devem estar de acordo com as práticas sustentáveis implementadas. Isso vai muito além da preocupação com a preservação do meio ambiente. O profissional para atuar com ESG precisa estar bem qualificado e apto a trabalhar com gestão ambiental e de riscos nas empresas, acordos, negociações. Precisa ter um olhar sistêmico e com entendimento do negócio, visão holística, saber dialogar, ser articulado, entre outras habilidades. As empresas estão de olho e em busca desses perfis, pois agora é questão de sobrevivência”, declara Ismael Ulisse Miranda, coordenador do curdo de pós-graduação a distância em mudanças climáticas da Unyleya, uma das primeiras Instituições de Ensino 100% EAD no Brasil.
Este segmento que está mudando o mundo, abre também um leque enorme de oportunidades no mercado de trabalho. Segundo estudos da OIT (Organização Internacional do Trabalho), a implementação do Acordo de Paris, sobre as alterações climáticas com metas para a redução da emissão de gases do efeito estufa, pode gerar 18 milhões de empregos até 2030.