Levantamento realizada pela Stake mostra que os investidores têm aproveitado a queda das ações para adquirir ações em empresas como Tesla, Apple e Microsoft
O primeiro semestre de 2022 foi marcado pelos piores retornos para o S&P 500 no período desde a década de 1970. É isso que mostra o levantamento realizado pelo analista de investimentos e editor de conteúdo da Stake, Rodrigo Lima. Desde o início do ano, o índice amarga perdas de -21,01%. Já o índice Nasdaq 100, composto principalmente por companhias de tecnologia, cai -30%. Nem mesmo a renda fixa escapou, com os títulos de dívida tendo seus piores retornos na história dos Estados Unidos.
Em meio a este cenário desafiador, seria de se esperar que os investidores adotassem posturas mais conservadoras, mas de maneira geral, não foi isso o que aconteceu com os investidores da Stake, especialmente no Brasil. Mesmo com o setor de tecnologia tendo uma das piores performances do ano (superado apenas pelo setor de varejo, que cai -32,6% no ano), as big techs permanecem entre as ações mais negociadas pelos investidores, por vezes inclusive com alavancagem, através de ETFs como o TQQQ e o SOXL, que investem respectivamente na Nasdaq e no setor de semicondutores com alavancagem de 3x.
É possível que os investidores tenham aproveitado a queda das ações e a consequente compressão dos múltiplos para adquirir ações como Tesla, Apple, NVIDIA e Microsoft a valuations mais convidativos se comparados aos que estas companhias detinham antes que o FED iniciasse seu processo aumento das taxas de juros e retirada de liquidez dos mercados.
No exterior, alguns investidores buscaram se proteger ou até mesmo lucrar com a queda do mercado, através do SQQQ, que aposta na queda da Nasdaq com alavancagem de 3x. No Brasil, no entanto, os investidores mostraram um grande apetite a risco, negociando penny stocks como as ações da biofarmacêutica Hookipa, da corretora de criptomoedas Bakkt, da companhia de educação chinesa China Online Education Group e da produtora de gás natural Tellurian.
Além do gás natural, brasileiros também apostaram na alta do carvão através da mineradora Peabody Energy Corporation, em meio a uma das maiores crises do mercado energético na história do planeta. Brasileiros também negociaram grande volume de ações das big techs Apple, Tesla e Meta Platforms e da Nu Holdings, que realizou seu IPO em dezembro do ano passado e amarga grandes perdas desde que deixou de ser dona do que fora avaliado como o banco mais valioso da América Latina.
Confira a lista de ativos mais negociados na Stake no primeiro semestre de 2022:
Ativos mais negociados e vendidos na Stake (Austrália, Nova Zelândia, Brasil e Reino Unido):
Tesla, Inc. - TSLA
Apple, Inc. - AAPL
ProShares UltraPro QQQ ETF - TQQQ
NVIDIA Corporation - NVDA
Microsoft Corporation - MSFT
Direxion Daily Semiconductor 3x Bull Shares ETF - SOXL
Meta Platforms, Inc. - META
ProShares UltraPro Short QQQ ETF - SQQQ
Amazon.com, Inc. - AMZN
NIO Inc. - NIO
Ativos mais negociados por brasileiros na Stake:
Peabody Energy Corporation - BTU
HOOKIPA Pharma Inc. - HOOK
Nu Holdings Ltd. - NU
Bakkt Holdings, Inc. - BKKT
Meta Platforms, Inc. - META
Apple, Inc. - AAPL
Tellurian Inc. - TELL
Tesla, Inc. - TSLA
China Online Education Group - COE
Eos Energy Enterprises, Inc. - EOSE