Sábado, 21 Setembro 2024

Portogente entrevista Gustavo Spadotti, formalizado como chefia geral da Embrapa Territorial, em 11 de abril último.

No dia 11 de abril último, o engenheiro agrônomo Gustavo Spadotti, que assumiu a chefia geral da Embrapa Territorial em janeiro deste ano, foi formalizado no cargo. Em seu pronunciamento, Spadotti afirmou ter como objetivo manter a Embrapa Territorial como referência nacional e internacional na busca pelo desenvolvimento sustentável com equilíbrio entre sociedade, natureza e o aumento da produção competitiva de alimentos, fibras e energia para o Brasil e o mundo. Em entrevista exclusiva ao Portogente, Spadotti fala sobre suas prioridades de trabalho e exalta a competência de todos os profissionais e especialistas da Embrapa: “Não temos apenas os melhores hardwares e softwares para realizar a "mágica" de transformar os dados em informações; temos brainware, ou seja, pessoas altamente capacitadas e comprometidas com o espírito público de servir ao País.”

Spadotti disse que sua confiança na Embrapa, em seus colegas e o fato de acreditar no futuro do Brasil como nação, o levou a assumir todos os desafios do novo cargo. “Vamos sempre servir ao nosso país. Vamos juntos lutar por um Brasil mais forte, mais justo e mais produtivo.”

Spadotti Embrapa 2

Quem é
O novo chefe-geral começou sua carreira na Embrapa Amapá, em 2012. Em 2015, transferiu-se para a então Embrapa Monitoramento por Satélite (hoje, Embrapa Territorial), onde foi supervisor do Grupo de Gestão Territorial Estratégica da Embrapa Territorial. Ainda compõem a nova chefia da Embrapa Territorial, Lucíola Alves Magalhães, chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento, José Gilberto Jardine, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, e Luís Gonzaga Alves de Souza, chefe-adjunto de Administração.

Engenheiro agrônomo de carreira da Embrapa, como o senhor entende a sua gestão à frente da empresa que vem sendo protagonista de soluções de pesquisa e inovação da agricultura brasileira?
Por ser Engenheiro Agrônomo e ter atuado em diversos territórios brasileiros, de norte a sul, compreendo o papel das tecnologias dentro do processo produtivo. Mas, por ser neto de produtores rurais, compreendo as dificuldades, gargalos e limitações existentes para o alcance de ganhos produtivos, sustentáveis e competitivos no agronegócio brasileiro. Unindo estes pilares de minha trajetória pessoal e profissional, entendo a necessidade da real conexão entre a pesquisa científica e as demandas da sociedade, em especial, do nosso mundo rural. Somente conhecendo os gargalos vividos pelos nossos homens e mulheres do campo, podemos gerar as melhores práticas, produtos e processos tecnológicos a serem aplicados dentro das propriedades rurais ou no apoio à formulação de políticas públicas e privadas. Dessa forma, não seremos uma empresa de solução em busca de problemas, mas sim um importante instrumento para solucionar problemas existentes que minam o desenvolvimento econômico e social dos territórios da nossa agropecuária.

Quais serão suas prioridades de trabalho?
A Embrapa Territorial está em constante movimento para tornar disponível e acessível o conhecimento sobre o território brasileiro no qual ocorre a agropecuária. Faz isso para que o produtor rural e os demais agentes do agro tenham ferramentas de inteligência, gestão e monitoramento dos seus territórios e possam se articular frente aos constantes desafios de se manter como importante player na produção agropecuária mundial.

Para isso, focarei as ações da Embrapa Territorial em seis grandes linhas de atuação. Geração e organização de dados do Brasil; monitoramento da atribuição, uso e ocupação das terras; mapeamentos e gestão dos desafios zoofitossanitários; apoio à inclusão produtiva, governança fundiária e redução da pobreza rural; apoio à indicação geográfica, agricultura familiar e turismo rural; e valoração da agropecuária nacional com interface nos serviços ecossistêmicos e sustentabilidade ambiental, social e econômica.

Spadotti Embrapa 3

Como o senhor vê o papel do grupo técnico das diversas unidades da Embrapa, no País, no desenvolvimento do trabalho da empresa?
A Embrapa se faz forte não apenas pelas conexões possíveis graças a sua rede de 43 unidades descentralizadas presentes em todo território nacional. Mas também por suas ligações diretas com entidades de classe, sindicatos, associações, cooperativas que organizam as cadeias produtivas do agronegócio brasileiro. Também se conecta às universidades, públicas e privadas, que exercem papel fundamental na formação de profissionais, mas também desenvolvem ciência agropecuária. Também se conecta aos atores relacionados à extensão rural, ou seja, a ponte entre a geração tecnológica e o produtor rural. Este último fundamental na abertura para utilização das melhores práticas produtivas.

Portanto, acredito que a chave do sucesso do nosso agro é este tripé formado pela pesquisa, a extensão e o produtor rural. Se algum destes não vai bem, a chance de sucesso reduz drasticamente. Por isso devemos sempre buscar o fortalecimento de todos os elos desta cadeia para que, juntos, sigamos protagonistas para alimentar, vestir e mover nossa sociedade.

Em seu pronunciamento, o senhor afirmou ter como objetivo manter a Embrapa Territorial como referência nacional e internacional na busca pelo desenvolvimento sustentável com equilíbrio entre sociedade, natureza e o aumento da produção competitiva de alimentos, fibras e energia para o Brasil e o mundo. O que será necessário para tal empreitada?
Acredito que temos um alicerce para este enorme desafio de compreender a relação entre a dinâmica agrícola e as diferentes variáveis a ela relacionadas por meio de dados, mapas e fatos. Na Embrapa Territorial contamos não apenas com os melhores hardwares e softwares para realizar a "mágica" de transformar os dados em informações. Nós temos brainware, ou seja, pessoas altamente capacitadas e comprometidas com o espírito público de servir ao país. Porém, como diz o provérbio: "Se sozinho vamos mais rápido, juntos vamos mais longe". E nosso agro pode ir ainda mais longe.

Para isso, precisamos estar atentos e atender plenamente às demandas do Estado, dos atores do setor agropecuário e da sociedade brasileira nas questões relacionadas ao desenvolvimento territorial sustentável. Portanto, aumentarei a interação da Embrapa Territorial com os parceiros do agro brasileiro. Buscarei firmar parcerias público-privada, visando entregas assertivas e captação de recursos para manter o know how da Embrapa Territorial em Inteligência, Gestão e Monitoramento Territorial Estratégico. Dessa forma, conseguiremos expandir nossas conexões focadas no equilíbrio entre produzir e preservar, em bases territoriais.

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