Portogente entrevistou o vereador de Praia Grande, no litoral paulista, Roberto Andrade e Silva (MDB). Betinho, como é conhecido, é administrador e tem uma intensa trajetória como gestor do município, onde foi assessor à Câmara Municipal, coordenador, secretário e chefe do gabinete do então prefeito Alberto Mourão, além de secretário executivo de educação no município de Praia Grande.
Roberto Andrade e Silva, vereador de Praia Grande. Foto: Divulgação.
Seu primeiro mandato parlamentar foi em 2012, tornando-se presidente da Câmara no biênio 2015/2016. Atualmente é presidente da União dos Vereadores da Baixada Santista que, segundo Betinho, reúne 136 vereadores de nove municípios, representando 1,8 milhão de pessoas. Como vereador tem atuado nas áreas da saúde, educação, desenvolvimento econômico e empreendedorismo.
Portogente - Praia Grande é uma cidade que compõe a Região Metropolitana da Baixada Santista. É uma cidade independente, com suas belezas, potencialidades e também problemas. Como que a questão portuária, fundamental para a região, impacta (positiva e negativamente) o município, pensando na relação Porto e Cidade?
Roberto Andrade e Silva - A cidade de Praia Grande tem potencial e características para ser na minha opinião um município de apoio retro portuário, principalmente por suas características de localização, geografia e empresas de logística. Temos o projeto do complexo empresarial Andaraguá para ser instalado no município e por ser um complexo empresarial com o aeródromo juntaremos os modais aéreo, rodoviário, ferroviário e marítimo. O desenvolvimento do Porto de Santos e seus impactos afetam diretamente a Praia Grande para o bem ou para o mal.
Entre os problemas recorrentes na região estão as questões econômicas, ambientais, papel do Estado na regulação dos interesses da sociedade e do empresariado, modelos de desenvolvimento, mobilidade. Qual o papel do Parlamento (no caso da Câmara) para contribuir na mediação desses conflitos?
O Parlamento, principalmente o municipal, é a caixa de ressonância da sociedade e quando temos os propósitos unidos, como buscamos através da União dos Vereadores da Baixada Santista, conseguimos ocupar espaços buscando as soluções necessárias para o desenvolvimento da nossa região. Moram na Baixada Santista 1,8 milhão de pessoas e somos seus representantes os 136 vereadores dos 9 municípios da Baixada.
Em relação às soluções para a mobilidade, há o debate de alternativas, como o túnel submerso. Qual sua posição sobre esse tema e o que pode representar para a logística da Baixada Santista?
Relacionado ao túnel submerso fui convencido que é a única opção técnica e de engenharia para a ligação seca entre Santos e Guarujá que não afetará o crescimento/expansão do Porto de Santos e estimulará o desenvolvimento de toda a região da Baixada Santista, principalmente no aspecto de mobilidade integrando efetivamente toda nossa região.
