Pandemia de Covid-19 está levando operadores da cadeia de importação e exportação a buscarem mais informação, dados e inteligência
Um dos setores mais afetados pela pandemia de Covid-19 foi o de comércio exterior, já que o fechamento de fronteiras para evitar a transmissão do vírus também bloqueou o transporte de mercadorias entre países, levando os operadores a buscarem alternativas para realizarem as transações comerciais.
Imagem do Freepik.
Na esteira desse quadro, empresas que oferecem soluções tecnológicas de inteligência de mercado e análise de dados ganharam terreno e hoje são parceiros imprescindíveis dos players da área de importação e exportação. Como a LogComex, especializada no desenvolvimento de aplicações para toda a cadeia do segmento.
Carlos Souza, cofundador e COO da LogComex, ressalta que a pandemia atingiu de forma mais contundente as empresas de pequeno porte do segmento. “Elas já não tinham tanto caixa e por isso foi muito difícil para se manterem. Observamos que aumentou a desigualdade entre os operadores, principalmente os agentes de carga. Os maiores ficaram ainda mais fortes, enquanto os menores ficaram ainda mais fracos”, pondera.
Outro ponto destacado pelo especialista foi a retração nas importações e na produção industrial que acabou impactando várias cadeias de suprimentos. “Por isso, especialmente em 2020, o mercado de matérias-primas em geral está enfrentando um momento difícil, com a falta de insumos básicos. Nossa expectativa é que isso mude no ano que vem e as empresas se preparem para suprir essa falta que está prejudicando a indústria local”, argumenta Souza.
Ele acredita que em 2021, mais empresas devem se interessar, se envolver e aprender mais a trabalhar com dados de mercado para guiar suas estratégias comerciais. “Outra tendência forte é o trabalho remoto, que também acredito que vai continuar, seja totalmente, como algumas empresas estão fazendo, ou em um modelo mais híbrido, que a LogComex pretende implementar”, estima.
Para Helmuth Hoffstater, cofundador e CEO da LogComex, o foco principal do segmento no próximo ano será a automatização. “As empresas vão buscar muito a redução de custos com a tecnologia. Também vamos observar uma grande busca pela atualização das cadeias logísticas. E, claro, cada vez mais a substituição do papel, para reduzir a burocracia do setor”, aponta.
Hoffstater considera o principal motor para o crescimento da LogComex as pessoas que foram contratadas ao longo do ano. “Trazendo as pessoas certas e respostas para as incertezas de muitas empresas nesse período foi um fator primordial, que ajudou a empresa a atingir o patamar que conquistamos atualmente. Acredito que entramos no momento certo nesse cenário”, finaliza o executivo.